Prevenção, tratamento, reinserção do usuário e repressão ao tráfico. Estes são os eixos-bases do projeto elaborado pelo Conselho Estadual de Entorpecentes (Conem) para ampliar a política de enfrentamento às drogas na Bahia. Uma audiência pública realizada no auditório da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH) na manhã desta sexta-feira (7) reuniu profissionais de saúde, segurança e representantes da sociedade civil para discutir os problemas causados pelo crack e outras substâncias psicoativas.

A assistente social Aline Mendes afirmou que é necessário mobilizar a sociedade. “É muito importante que as pessoas estejam a par do problema, para que assim possam ser feitas ações mais efetivas”.

Para Roberto Carvalho, ex-usuário de drogas que hoje coordena uma casa de recuperação no município de Dias d’Ávila, Região Metropolitana de Salvador (RMS), o Estado tem papel importante na atenção aos dependentes químicos e o projeto consolida o compromisso com a população.

O documento vai servir como diretriz para a construção de uma rede que pretende integrar diversos setores de atendimento aos usuários e familiares. “Para enfrentar este desafio, o governo estadual conta com o apoio da sociedade. Esta etapa é justamente para promover a participação popular”, declarou a titular da Superintendência de Prevenção e Acolhimento aos Usuários de Drogas e Apoio Familiar (Suprad), Denise Tourinho.

Para o secretário da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Almiro Sena, o maior desafio hoje é justamente a integração entre os setores de forma organizada. “É isto que estamos buscando, fazer um projeto sólido, articulado, que tenha o envolvimento dos mais diversos setores”. Após o debate com a população, o projeto vai ser disponibilizado para consulta pública na internet