Primeira unidade hospitalar pública do Brasil viabilizada por meio de Parceria Público-Privada (PPP), o Hospital do Subúrbio registrou em um ano de inaugurado (setembro) mais de 120 mil atendimentos, apenas na emergência. Ao longo desse período, houve cerca de seis mil internações nas áreas de cirurgia, clinica geral, pediatria e UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

O HS opera com 100% da capacidade instalada. Especializado em atendimentos de urgência e emergência, a unidade dispõe de 268 leitos de internação, distribuídos nas especialidades de clínica médica, clínica pediátrica, cirurgia geral adulto e pediátrica, traumato-ortopedia (adulto e pediátrica), unidade semi-intensiva e UTI adulto e pediátrica.

O hospital ainda conta com centro de bioimagem, raios X, tomógrafo, ultrassonografia, ressonância magnética, endoscopia e eletrocardiograma. Também possui heliporto, além de laboratório, central de material esterilizado, farmácia centralizada, serviço de engenharia clínica, fisioterapia, nutrição, dietética e apoio logístico.

Devido à estrutura oferecida à população, o HS é aprovado pelos pacientes, que afirmam estar satisfeitos com o atendimento. A dona de casa Rosa Maria dos Santos, 35 anos, moradora de Plataforma, por exemplo, disse ter gostado da rapidez com que seu filho de seis anos foi atendido, na tarde de terça-feira (25), após ser atropelado por uma moto próximo de sua residência.

“Eu e o meu marido chegamos aqui no maior desespero porque o nosso filho ficou bastante machucado e sangrava muito. Achei que o atendimento seria demorado, mas tudo ocorreu na maior rapidez. Ainda não sabemos o dia que ele voltará para casa, mas estamos tranquilos porque ele está em boas mãos e em um lugar com estrutura adequada”, enfatizou Rosa Maria.

Mais de 82% dos pacientes atendidos são moradores do Subúrbio Ferroviário de Salvador e de bairros como Valéria, Cajazeiras, Castelo Branco e Pau da Lima, além de municípios da região metropolitana.

Unidade realiza mais de 33 mil procedimentos por mês

De acordo com a diretora do HS, Lícia Cavalcanti, são realizados mais de 33 mil procedimentos mensais na unidade de saúde, totalizando 11 mil pacientes/mês. Cada pessoa atendida é submetida, em média, a três tipos de atendimentos – consulta médica, enfermagem e medicação. Causas externas como as lesões ocasionadas por acidentes são as que mais levam à internação. A unidade realiza, em média, 660 cirurgias, prevalecendo ortopédicas e de traumatologia.

Os pacientes do HS são assistidos por equipe multidisciplinar composta por 1.211 funcionários. Do total, 177 são enfermeiros, 420 técnicos de enfermagem, e os demais profissionais de apoio técnico, serviços gerais, administração e corpo diretor. A unidade dispõe de 304 médicos das mais diversas especialidades e 48 fisioterapeutas, assistindo pacientes nas unidades intensivas e enfermarias.

Gestão PPP adotada pela Bahia é referência para outros estados

A Parceria Público Privada (PPP) adotada no Hospital do Subúrbio está sendo usada como modelo para a implantação de unidades de saúde em outros estados brasileiros. Ao adotar este tipo de gestão, a Bahia tornou-se pioneira no Brasil neste tipo de parceria na área de saúde pública. Agora, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo planejam a construção de unidades hospitalares utilizando a mesma modalidade.

Por meio da PPP, o hospital é monitorado por um comitê do qual fazem parte quatro representantes da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) e três auditores internos. No acompanhamento da administração é levada em conta tanto a quantidade quanto a qualidade dos atendimentos.

Hemoba conscientiza familiares de pacientes a doar sangue

A Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba) implantou, neste mês, a unidade de coleta do Hospital do Subúrbio, que tem capacidade para receber até 60 doadores voluntários de sangue. Para que as doações ocorram, a administração realiza campanhas de conscientização entre os familiares dos pacientes. Nesta manhã o comerciante Claudemir dos Santos Conceição, 31, foi um dos doadores. Para ele, o ato é muito importante e salva vidas. “Muitas pessoas estão nos hospitais precisando de sangue, então, é importante fazermos isto. Não dói e só faz bem”.