Uma semana após a instalação das três bases comunitárias de segurança na região do Nordeste de Amaralina, os moradores têm demonstrado sinais de satisfação com a presença policial e com as transformações que, aos poucos, promovem a segurança pública e reduzem os índices de violência, dentro dos parâmetros do programa Pacto pela Vida.

Desde 1980, a costureira Ide Silva dos Santos, 61 anos, vive na Chapada do Rio Vermelho. Para ela, que já tem uma clientela fiel, o comércio da região ficou fortalecido com a chegada das bases. “A gente ficava muito preocupada. Às vezes, não conseguia nem atender o cliente. Agora estamos tranquilos, graças a Deus!”.

Uma das clientes de dona Ide, Marinalva das Mercês Oliveira, 61 anos, afirmou que a família se sente mais segura. “Cada vez mais está melhorando. Minha filha, quando saía do trabalho e vinha por essas escadas, tinha medo. Tenho uma neta que estuda à tarde e chega à noite, e isso me preocupava muito. Espero que melhore ainda mais”.

A participação popular nas ações sociais e de segurança pública é um dos princípios do policiamento comunitário. Além das 25 câmeras de monitoramento, 16 viaturas e 360 policiais militares que foram designados para atuar nas bases (120 em cada unidade), a iniciativa conta com o apoio espontâneo das pessoas que moram na região.

Uma das bases está instalada no mesmo prédio onde funciona o Centro Social Urbano (CSU) Nordeste de Amaralina. De acordo com o subcomandante da base do Nordeste de Amaralina, tenente Alexnaldo Santana de Souza, na próxima semana será feita uma reunião com as lideranças comunitárias para identificar novas demandas. “Temos algumas áreas que incentivam esse relacionamento. Há o telecentro de informática, que está aí para ser utilizado pela comunidade, vamos fazer a programação de cursos e estamos agendando a divulgação com os instrutores que vão ministrar as aulas para os moradores da região”, explicou o tenente.

Segundo Santana, também está sendo formatado um curso que será oferecido por voluntários do Corpo de Bombeiros. “Serão informações sobre primeiros socorros, ações preventivas e questões de defesa civil”.

Facilidade de acesso

Desde que a unidade foi inaugurada, moradores, nem sempre líderes comunitários, voluntariamente têm procurado o local e prestado informações que auxiliam nas ações policiais. “A população tem se dirigido até a base para passar algumas situações e necessidades. A configuração logística, a configuração das bases é justamente para dar facilidade de acesso aos moradores. Os portões estão sempre abertos”, disse o tenente.

Publicada às 9h55
Atualizada às 14h10