O trabalho de expansão dos órgãos municipais de trânsito na Bahia, conduzido pelo Conselho Estadual de Trânsito (Cetran), é a principal estratégia para reduzir os números alarmantes de vítimas do trânsito. A Bahia é o 5º estado em número de acidentes e gasta R$ 1,4 bilhão por ano com o atendimento às vítimas e indenizações. Na atual gestão, o Cetran integrou 30 órgãos em todo estado ao Sistema Nacional de Trânsito (SNT) e até o final do ano serão 40 unidades integradas.

A importância da fiscalização esteve entre os assuntos debatidos nesta terça-feira (25) pelos participantes do IV Encontro Estadual de Jari (Juntas Administrativas de Recursos de Infração), que será encerrado nesta quarta-feira (26) no auditório do Detran, em Salvador.

Ao todo, 65 julgadores integrantes de Jari e outras autoridades de trânsito participaram do encontro. Na abertura do evento, o presidente do Cetran, Warney Andrade, apresentou estatísticas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), segundo as quais, 65 mil pessoas morrem vítimas do trânsito no Brasil.

Segundo ele, os dados revelam que uma pessoa morre a cada 10 minutos, sete vezes mais que a Inglaterra e 13 vezes mais que no Japão. Uma tragédia cotidiana que custa, por ano, R$ 28 bilhões aos cofres da União. “Cabe ao Cetran a municipalização do trânsito, caminho para reversão das estatísticas”, afirmou Walney.

A diretora-geral da Secretaria da Administração, Gilda Gordilho, que representou o Secretário Manoel Vitório no evento, informou que o Cetran, é integrante da estrutura da Saeb, de onde recebe apoio orçamentário, que permite mais autonomia ao órgão. “O trabalho do Cetran é consequência da articulação e integração entre os diversos órgãos responsáveis pelo trânsito e a Saeb tem mobilizado estruturas orçamentárias e logísticas que auxiliem as atividades técnicas do conselho”, afirmou.