Os estudantes da rede estadual da Bahia inauguram na próxima quinta-feira (1º), às 17h, no Palácio Rio Branco, na Praça Thomé de Souza, em Salvador, a 4ª Mostra de Artes Visuais Estudantis (AVE), que permanecerá aberta para visitação pública e gratuita até 15 de dezembro. As 99 obras, entre pinturas, esculturas, gravuras e desenhos, foram criadas por estudantes da 6ª série do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio e equivalentes.

Das obras finalistas em exposição, cinco receberão prêmios da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, responsável pela execução do projeto. Elas serão apreciadas durante o vernissage por um corpo de jurados composto pelos artistas plásticos Fernando Obrlaender, Ângelo Roberto, Graça Ramos e Edvaldo Gato, pelo pesquisador Luiz Freire e o crítico de arte Aldo Tripodi, todos baianos.

As peças foram selecionadas em mostras regionais promovidas pelas Diretorias Regionais de Educação (Direc) no decorrer do ano letivo de 2011, e expressam realidades e sonhos a partir do olhar, sensibilidade e desejo dos estudantes.

Destaque nacional

Desenvolvido há quatro anos pela Secretaria da Educação, o AVE é um dos cinco projetos de arte-educação mais importantes do país, segundo avaliação dos ministérios da Educação e da Cultura, e da Organização dos Estados Ibero-americanos e Caribenho. Em 2011, as artes visuais estudantis movimentaram mais de mil escolas estaduais na capital e no interior do estado.

No ano passado foram premiadas as obras ‘Fome de educação’, de Alberto Gomes Monteiro Júnior (Colégio Estadual Moisés Boana-Ilhéus), ‘Esperança nordestina’, de Emanuel Maciel e José Adilson (Colégio Estadual Wilson Pereira – Paulo Afonso), ‘Mulher negra bebendo água de coco’, de Roberto Nascimento (Colégio Estadual de Cachoeira – Cachoeira), ‘Missão cumprida. E agora?’, de Pablo Brito da Silva (Colégio Estadual Jubilino Cunegundes – Morro do Chapéu), e ‘Obra sem título’, de Flávio Kaic (Colégio Estadual Normal São Pedro – Macarani).

“É uma realização. Aquela sensação de missão cumprida. Você começar fazendo um esboço e chegar a ter a sua obra final reconhecida é formidável. O AVE é excelente, uma porta aberta. É como eu digo aos meus colegas, um ser humano sem arte é como um macaquinho com o polegar opositor. A arte é essencial”, enfatiza Flávio Kaic.