Interligação das regiões N/NE com países sul-americanos é discutida em Brasília

A II Reunião Ministerial do Conselho Sul-Americano de Infraestrutura e Planejamento (Cosiplan), realizada nesta quarta-feira (30), no Palácio do Itamaraty, em Brasília, com a presença de ministros e secretários do Planejamento, entre eles, o da Bahia, Zezéu Ribeiro, discutiu a viabilidade e estudos de projetos prioritários de integração sul-americana, que terá carteira de investimentos superando os US$ 18 bilhões.

Zezéu, que também preside o Conselho Nacional de Secretários do Planejamento (Conseplan), destacou a importância da integração entre os ministros e secretários sul-americanos para que os eixos de interligação entre os países sejam fortalecidos nas áreas mais carentes do continente. Segundo ele, a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) seria um importante vetor para o crescimento das regiões mais pobres.

O secretário informou sobre o estudo do Eixo Interoceânico Peru-Brasil-Bolívia, que é constituído por uma área de influência muito significativa e interliga, transversalmente, a América do Sul, ou seja, o Nordeste, o Centro-Oeste e o Norte do Brasil aos países vizinhos, Bolívia e Peru. O custo aproximado é de US$ 3,7 bilhões. O Eixo cria a possibilidade de interligar o Oceano Atlântico, por intermédio de diversos portos localizados no Nordeste brasileiro, a importantes portos do Peru.

Como um dos interlocutores brasileiros junto ao Cosiplan, Zezéu Ribeiro defendeu a necessidade de “criação de eixos interligando as áreas do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que estão em desenvolvimento crescente e precisam de mais apoio. Os secretários de Planejamento dos estados brasileiros estão se dedicando a projetos que favoreçam o desenvolvimento de infraestrutura do país”.

Ele explicou ainda que a ligação entre a Ferrovia Oeste-Leste, na Bahia até o Peru, impulsionaria as atividades econômicas do país, ampliando as possibilidades de escoamento de sua produção. A reunião foi presidida pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior, com a participação do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota.