O estado da Bahia contabilizou um saldo de 481 postos de trabalho com carteira assinada em outubro de 2011. O resultado foi inferior aos contabilizados em igual período do ano anterior (7.059 vagas) e no mês de setembro (3.025) e foi influenciado, sobretudo, pelas demissões no setor da agropecuária, em função da entressafra agrícola.

Nos dez primeiros meses do ano foram criados 82.781 postos, incluindo as incorporações das informações declaradas fora do prazo e dos acertos de declarações. Este resultado coloca o estado com o segundo maior saldo na geração de emprego no Nordeste e na nona posição no ranking que classifica as unidades da Federação.

As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan).

No Brasil foram contabilizados em outubro um saldo de 126.143 postos de trabalho, acumulando no ano 2.241.574 postos de trabalho formais gerados. A região Nordeste registrou, no mês, um saldo de 29.884 postos de trabalho. Com este resultado, acumulou de janeiro a outubro de 2011, 328.055 empregos.

A Bahia, ao apresentar um saldo de 481 empregos no mês de outubro de 2011, diferentemente dos resultados do primeiro semestre de 2011, foi o estado que apresentou o menor saldo de empregos formais da Região Nordeste. O resultado foi inferior ao dos estados de Pernambuco (7.421 postos), Ceará (6.250 postos), Alagoas (5.938 postos), Sergipe (2.239 postos), Maranhão (2.064 postos), Paraíba (2.056 postos), Rio Grande do Norte (1.941 postos) e Piauí (1.494 postos).

“Este desempenho do estado na geração de empregos em outubro já era esperado, pois a Pesquisa de Confiança do Empresariado, realizada pela SEI, apontava a intenção dos setores da agropecuária e da indústria em reduzir postos. Devemos considerar os impactos da crise sobre os setores exportadores, além de ser esta uma época de redução do emprego na agropecuária em função da entressafra agrícola, sobretudo do café. Contudo, no acumulado do ano a Bahia continua com um grande volume de postos criados”, explica o coordenador de Pesquisas Sociais da SEI, Armando Castro.

Os setores que contabilizaram resultados de emprego formal negativo em outubro foram agropecuária, construção civil e administração pública, apurando -2.634, -563 e -20 postos de trabalho, respectivamente. O Comércio apresentou o maior saldo da Bahia no mês, com 1.630 empregos formais, seguido de serviços (1.034), indústria de transformação (845 empregos), serviços industriais de utilidade pública (111) e extrativa mineral (78).

No acumulado do ano (janeiro a outubro de 2011), o setor de serviços tem saldo de (32.022 vagas), seguido da construção civil (12.822 postos), agropecuária (12.085 empregos), indústria de transformação (11.924), comércio (10.176), serviços industriais de utilidade pública (1.807), extrativa mineral (1.095) e de administração pública (845).

Lauro de Freitas, Camaçari e Feira com melhores desempenhos

Das 481 vagas abertas em outubro, 849 ficaram a cargo da RMS ao passo que o interior do estado respondeu por um saldo de emprego negativo da ordem de -368 vagas. Quanto à geração de emprego de janeiro a outubro de 2011, enfatiza-se que a participação da RMS foi de 48.308 postos, representando 58,4% de todas as vagas abertas no estado, ao passo que o interior criou 34.473 empregos com carteira assinada, o equivalente a 41,6% das vagas celetistas.

Em outubro de 2011, Lauro de Freitas, Camaçari e Feira de Santana destacaram-se com os melhores desempenhos na criação de novas oportunidades de trabalho formal na Bahia. Lauro de Freitas gerou 603 empregos, Camaçari registrou 571 vagas e Feira de Santana apurou 298 novas contratações formais.

O setor de serviços foi o mais dinâmico em Lauro de Freitas, respondendo por 635 postos de trabalho, enquanto em Camaçari, o setor da construção civil registrou 435 empregos. Em Feira de Santana foi o setor de comércio que mais gerou postos de trabalho (373).

Entre os municípios que tiveram os menores saldos de emprego em outubro estão Casa Nova (-1.325 vagas), Juazeiro (-1.102 vagas) e Salvador (-439 vagas). A retração foi determinada principalmente pelo saldo negativo relacionado às atividades do setor da agropecuária (-1.318 e -1.061 postos, respectivamente). Em Salvador, os setores da construção civil e serviços foram os responsáveis pela eliminação de 512 e 145 postos de trabalho, respectivamente.

Já no acumulado de janeiro a outubro, Salvador registrou o maior saldo de emprego, com 20.664 postos de trabalho. Lauro de Freitas e Camaçari contabilizaram 6.823 e 4.461 empregos formais, segundo e terceiro colocados na abertura de novas oportunidades de trabalho na Bahia.

Nesse horizonte temporal, em Salvador e Lauro de Freitas, o setor de serviços foi o que apurou o maior saldo de empregos (13.838 e 4.699 postos, respectivamente). Em Camaçari, os setores da construção civil e serviços foram os que mais criaram empregos formais (2.755 e 684 postos de trabalho, respectivamente).

Observando os desempenhos negativos nos dez primeiros meses de 2011, Itapetinga (-2.183 vagas), Porto Seguro (-664 vagas) e Dias D’Ávila (-231 vagas) destacaram-se com os menores saldos de empregos formais. Setorialmente a retração foi determinada, sobretudo, pelo saldo negativo relacionado às atividades do setor da construção civil, que eliminou 361, 452 e 378 empregos, respectivamente.