Uma série de palestras sobre as quatro principais cadeias produtivas trabalhadas pela gerência regional da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) de Itabuna, vinculada à Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), começou a ser apresentada na terça-feira (27), na sede da empresa, para a equipe técnica de trabalho.

A primeira foi sobre a Bovinocultura Leiteira, com o técnico do Escritório Local da EBDA no município, Nelson Fernandes Moura, que trabalha especificamente com essa cultura há mais de 14 anos. O objetivo do evento é fazer um pré-diagnóstico da realidade das cadeias produtivas na região e envolver maior número de técnicos na realização e desenvolvimento do trabalhos.

Segundo Moura, a produtividade média leiteira nas propriedades passou de 2,8 litros/dia, por vaca, para 5,5 litros/dia. “Temos casos que, após essa interferência da EBDA, a produtividade aumentou em mais de 100%, mudando consideravelmente a vida do agricultor”.

Também a média de natalidade do rebanho, que era apenas de 35%, quase dobrou, atingindo um percentual de 69%. “Para alcançarmos esses resultados, trabalhamos principalmente com a nutrição do animal, observando questões como pastagem, água e sal mineral, que devem ser oferecidas em quantidade e qualidade para o rebanho”, disse o técnico. Ele atende a 45 famílias que vivem nos municípios de Itabuna, Itapé e Buerarema.

A produção de leite nas 45 propriedades atingiu, somente no mês passado, a marca de 70.950 litros, sendo a produção diária de 2.365 litros, e a média, por produtor, 52,5 litros/dia.

Bubalinos

Outra ação da EBDA apresentada por Nelson Moura foi a introdução pioneira na agricultura familiar regional da bubalinocultura. Dois agricultores do sul da Bahia cederam suas propriedades para a empresa implantar Unidades de Observação (UO) de bubalinos – cada um recebeu três búfalos, sendo duas fêmeas prenhas e um macho.

A EBDA vem acompanhando a adaptação dos animais adquiridos na própria região e analisando a viabilidade dessa cultura para a agricultura familiar. “Percebemos que os agricultores com Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) da empresa estão conseguindo se relacionar de forma satisfatória com os animais. Porém, ainda é cedo para falarmos em resultados, os quais devem ser apresentados até julho de 2012, data prevista para o final do projeto”, afirmou Moura.

No final do evento, cada representante dos Escritórios Locais, no Território Litoral Sul, indicou técnicos de suas unidades para intensificar os trabalhos com a cadeia produtiva do leite na área de sua jurisdição.

O gerente regional, Wagner Ayre, enfatizou o potencial da região para a pecuária de leite. “Precisamos oferecer Ater de qualidade como já acontece nos municípios atendidos por Moura, para colaborarmos com a ascensão dessa cadeia produtiva em nosso território”.