O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de Salvador apresentou alta de 0,44% no mês de novembro. Esse resultado foi superior ao apurado no mês anterior (-0,30%). Em novembro de 2010, o IPC havia registrado uma variação de 0,89%. No acumulado do ano, o índice atingiu 4,40%, segundo dados apurados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan).

No acumulado dos últimos 12 meses (dezembro 2010 – novembro 2011), a taxa ficou em 4,70%, resultado inferior ao acumulado nos 12 meses imediatamente anteriores (novembro 2010 – outubro 2011), que foi de 5,17%.

Em novembro deste ano, os produtos/serviços que tiveram maiores contribuições positivas para a formação da taxa, com suas respectivas variações de preço, foram: pacote turístico (10,38%), tarifa de telefonia celular (2,97%), cerveja fora do domicílio (2,66%), boate, danceteria e discoteca (21,43%), cruzeiro marítimo (6,35%), tomate (19,21%), refeição a peso (1,79%), gastos com empregados domésticos (1,48%), cabeleireiro (3,26%) e aluguel residencial (0,80%).

Em contrapartida, os produtos cujos preços exerceram maiores pressões negativas foram: automóvel novo (3,81%), acessórios fotográficos (7,22%), condomínio (1,14%), gasolina (0,39%), carne seca (2,28%), acessórios e peças de veículos (1,40%), passagem de ônibus interestadual (1,51%), móvel para quarto (1,86%), microcomputador e impressora (1,93%) e peças de decoração (4,52%). Ressalte-se que, dos 375 produtos/serviços pesquisados mensalmente pela SEI, 193 apresentaram aumento nos preços médios, 87 não tiveram alterações e 95 registraram decréscimos.

Levando-se em conta apenas os reajustes individuais, os produtos/serviços cujos preços médios mais aumentaram em novembro deste ano foram: limão (58,75%), boate, danceteria e discoteca (21,43%), tomate (19,21%), abacaxi (17,78%), pacote turístico (10,38%), abóbora (10%), alface (9,60%), pimentão (9,46%), batata inglesa (8,75%) e coentro (7,89%).

Depois de quatro meses em queda, cesta registra aumento de 3,9%

A ração essencial mínima definida pelo Decreto-Lei 399, de 30 de abril de 1938, que estabelece 12 produtos alimentares (feijão, arroz, farinha de mandioca, pão, carne, leite, açúcar, banana, óleo, manteiga, tomate e café) e suas respectivas quantidades, passou a valer R$ 194,85 em novembro, representando um acréscimo de 3,90%, quando comparado com o mês de outubro de 2010. Com esse resultado, a variação acumulada no ano chegou a 6,41%.

Dos 12 produtos que compõem a ração essencial mínima, oito registraram variações positivas: tomate (19,21%), carne bovina/cruz-machado (3,81%), banana-prata (2,11%), leite pasteurizado (1,72%), feijão (1,55%), café moído (1,37%), arroz (1,10%) e manteiga (0,74%). Dois registraram variações negativas: pão francês (0,17%) e açúcar cristal (0,42%). E apenas dois produtos permaneceram com os preços médios estáveis: óleo de soja e farinha de mandioca.

Em novembro, o tempo de trabalho necessário para se obter a cesta básica foi de 85 horas e 48 minutos, e o trabalhador comprometeu 35,75% do salário mínimo para adquirir os 12 produtos da cesta.