A determinação de se manter longe das drogas marcou o juramento de 459 alunos de quatro escolas municipais de Lauro de Freitas que se formaram nesta terça-feira (13) pelo Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), desenvolvido pela Polícia Militar. A iniciativa leva crianças entre quatro e 14 anos à conscientização dos problemas sociais e de saúde que o uso de drogas e o envolvimento com o tráfico podem causar.

Somente este ano, mais de 30 mil estudantes da capital e do interior participaram do programa. Com as formaturas deste ano, que se encerram neste mês, já são 236 mil jovens certificados desde 2003, quando o Proerd começou.

Danilo de Souza Ferreira, 12 anos, está cursando a quarta série no Colégio Municipal José dos Santos Paranhos. Ele aprendeu por que deve se manter longe das drogas lícitas e ilícitas. “O uso de drogas pode levar a pessoa à morte. Ela pode ficar doida, pode acontecer um monte de coisas ruins”.

Aluno da Escola Municipal de Vila Praiana, aos 11 anos, Eric Novaes também diz que aprendeu muita coisa no Proerd. “Não devo me envolver no mundo das drogas. Aprendi a respeitar os colegas e que o cigarro e a bebida fazem muito mal. A pessoa pode até virar criminosa”.

Manicure, Eliane dos Santos tem quatro filhos, dois participando do Proerd. “Eles aprenderam muito sobre as drogas e a violência. Espero que esse projeto continue, porque as drogas estão tomando conta das nossas crianças, e eu, como mãe e amiga, estou nessa luta. Meus filhos já ensinam em casa e para os amigos o que aprenderam aqui. Eles dizem que esse caminho das drogas só dá em morte ou cadeia”.

O coordenador estadual do Proerd, capitão Elcimar Leão, explicou que essa multiplicação promovida pelos filhos de Eliane é um dos objetivos do curso. “As crianças levam esse conhecimento para os vizinhos, amigos, pais, e verificamos que, a médio e longo prazo, elas não se envolvem com as drogas e com a violência”.

O capitão apresentou números que comprovam a eficácia do Proerd. Segundo ele, um trabalho de pós-graduação de oficiais em Brasília, em 2010, envolveu uma pesquisa no bairro de Cajazeiras, e o resultado apontou que 70% dos jovens que haviam participado do programa se mantiveram longe de substâncias psicoativas, inclusive as lícitas, e da violência.