Policiais de bases comunitárias são orientados sobre questões de gênero e raça

Discriminação, racismo e preconceito. O mito da democracia racial. A transversalidade de raça, gênero e combate à pobreza nas políticas públicas. As ações afirmativas e o retrato das desigualdades no país. Esses e outros temas polêmicos estão sendo discutidos pelos policiais militares da Bahia, que atuam em bases comunitárias de Salvador, no curso de capacitação iniciado na segunda-feira (5), e que termina nesta quarta, no Centro Social Urbano do Nordeste de Amaralina.

A iniciativa é resultado de uma parceria entre as secretarias estaduais do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), da Promoção da Igualdade (Sepromi), da Administração (Saeb) e da Segurança Pública (SSP).

“Eles estão descontruindo conceitos firmados ao passar dos anos, a partir de uma abordagem que alinha exposição e debates”, explica coordenadora da Agenda Bahia do Trabalho Decente, Patrícia Lima. O novo desafio, segundo ela, “tem sido aceito de maneira muito natural, e o esforço que eles fazem para absorver novos conhecimentos é de fundamental importância no resultado final dos trabalhos”.

Para a policial Sandra Oliveira, o conhecimento adquirido tem um diferencial, “pois trouxe à luz da realidade temas até então pouco tratados nas ações que pratica diariamente. O colega Santos Junior considera o foco dos debates “muito construtivo e o conteúdo exposto útil no meu dia a dia como policial”.