As comunidades do Calabar, Nordeste de Amaralina e Fazenda Coutos já contam com os benefícios dos Centros Digital de Cidadania (CDCs) instalados nas bases comunitárias de segurança. Com acesso gratuito à internet, os CDCs têm levado informação e educação aos moradores desses bairros, beneficiando sobretudo os jovens, que têm a oportunidade de ficar longe das drogas e da violência.

Na Base Comunitária de Segurança de Fazenda Coutos, inaugurada pelo Governo do Estado no dia 16 deste mês, o CDC já está iniciando suas ações. Os monitores e policiais passaram por processo de treinamento e os moradores foram cadastrados. Com 170 inscritos, as oficinas de informática começarão na próxima segunda-feira (30), e vão contar com sete turmas.

Gestor do CDC, o soldado Rodrigo Santos conta que o local está sempre aberto à população. “As pessoas entram, pedem informações, vão conhecendo. Aos poucos os laços vão se estreitando e nós vamos ganhando a confiança dos moradores”, diz.

Redução da violência

A ação é uma parceria da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia (Secti) com o Pacto pela Vida, programa do Governo Estadual que visa reduzir os índices de violência e prevenir o uso de drogas. Nos CDCs são oferecidas oficinas de informática básica e noções de internet.

Para o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Paulo Câmera, a importância dos centros vai além da formação profissional, pois amplia as oportunidades para que os jovens adquiram novos conhecimentos. Um aspecto interessante do projeto é que os próprios policiais militares atuam nos CDCs e alguns ministram cursos, criando vínculos com a comunidade.

O soldado Renan Sant’Ana, gestor do centro no Calabar, conta que muitas crianças procuram o local. “Algumas chegam sem saber ler e escrever e, aos poucos, vamos ajudando e ensinando”, informa. Para ele, a maior vantagem oferecida pelo projeto é a oportunidade de manter os jovens fora das ruas e, consequentemente, do crime e das drogas.

O Calabar foi o primeiro bairro a receber uma base comunitária e, com ela, o CDC, em abril do ano passado. O centro conta com 11 computadores com internet e tem 235 moradores cadastrados, recebendo, em média, 30 usuários por dia.

Já foram realizados dois ciclos de oficinas de informática. O primeiro com seis turmas e o segundo com quatro. A duração do curso é de dois meses e meio a três meses. Para atender ao público, dois monitores se revezam das 8 às 18h, de segunda a sexta-feira, e ocasionalmente aos sábados.