Em novembro de 2011, o comércio varejista do estado da Bahia apresentou expansão de 3,8% no volume de vendas, em relação a igual mês de 2010, endossando expectativas de que a economia brasileira terá um quarto trimestre de pequeno crescimento. Na comparação com outubro de 2011, a variação foi positiva em 1,48%. Os dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada em âmbito nacional pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e divulgados, em parceria, pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan).

Novembro do ano passado foi o décimo primeiro mês consecutivo em que o comércio baiano apresentou resultado positivo, acima da taxa apurada no mês de outubro de 2011 (2,3%) e inferior ao resultado apresentado no mesmo período do ano anterior (12,6%).

Vários fatores 

No acumulado de janeiro a novembro de 2011, em comparação com o mesmo período de 2010, o comércio varejista baiano apresenta um crescimento de 7,6%. No acumulado dos últimos 12 meses (dezembro de 2010 a novembro de 2011) o aumento das vendas foi de 7,8%, contra os 10,6% observados em igual período de 2010.

“Um conjunto de fatores vem sustentando os resultados favoráveis do comércio varejista, dentre os quais se destacam a expansão do crédito para financiamentos, a ampliação dos prazos de parcelamento, a melhoria de rendimentos dos consumidores, essencialmente daqueles de menor poder aquisitivo, e, principalmente, o aumento do emprego formal no estado”, informa o técnico da SEI, Lucas Marinho. Ele destaca que, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), de janeiro a novembro de 2011, o segmento varejista apresentou um saldo de emprego de 13.917 postos de trabalho, “o que corresponde a 85,5% do total do saldo do setor do comércio em geral na Bahia”.

No mês em análise, os dados do comércio varejista do estado da Bahia, quando comparados com igual mês de 2010, indicam que seis ramos apresentaram resultados positivos quanto ao volume de vendas e duas atividades apresentaram variações negativas. Os positivos foram combustíveis e lubrificantes (11,2%); livros, jornais, revistas e papelaria (9,7%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos (9,4%); tecidos, vestuário e calçados (4,7%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,1%); e outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,4%).

Foram negativos móveis e eletrodomésticos (-0,2%); e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-16,3%). Os ramos que não integram o indicador do varejo obtiveram os seguintes resultados: material de construção cresceu 1,3% e veículos, motocicletas, partes e peças teve queda de 12,2%.