Oferecer condições aos beneficiários do Programa Bolsa Família de se tornarem empreendedores individuais, sem mais precisar da transferência de renda. Com esse objetivo, a terceira Unidade de Inclusão Socioprodutiva (Unis), do Programa Vida Melhor, do Governo do Estado, foi inaugurada, nesta terça-feira (14), no bairro Nordeste de Amaralina, em Salvador. Atualmente, 10 mil famílias são beneficiadas com as três unidades, sendo que a meta do governo – que pretende implantar 30 em toda a Bahia – é chegar a 60 mil.

Coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, em parceria com o governo federal, por meio do Brasil Sem Miséria, o programa oferece equipamentos para o início do negócio, como carrinhos de venda de bebidas e lanches, além de assistência técnica continuada, microcrédito assistido, qualificação e apoio a comercialização.

De acordo com o secretário Carlos Brasileiro, a meta é fazer com que em um ano a renda desses empreendedores individuais, que fica entre R$200 e R$300, possa chegar a R$1 mil, e eles deixem de precisar do Bolsa Família. Para isso, 30 agentes vão acompanhar o trabalho dos beneficiados, auxiliando-os na organização das finanças e no incremento da atividade produtiva.

“Apesar de ser importante, no primeiro momento, garantir a sobrevivência das pessoas com a transferência de renda, agora, num segundo momento, é importante dar à pessoa a oportunidade de, com a capacidade dele, com a mão de obra dele e fruto do suor de sua pele, crescer na vida, ganhar a independência financeira e levar melhorias para sua casa”, disse Brasileiro.

Cadastramento

Os agentes também vão fazer a busca ativa, visitando as famílias do bairro e cadastrando todas as pessoas que poderiam, mas não estão trabalhando, as que já trabalham por conta própria na rua, na praia ou em qualquer outro lugar e encaminhá-las para o Vida Melhor. Segundo o secretário, o trabalho será realizado com ambulantes, costureiras, cozinheiras e recicladores. “No fundo, é um conjunto de ações que vão beneficiar cerca de três mil famílias em todo o complexo do Nordeste, para que a renda delas melhore e, daqui a um ano, possam sair do Bolsa Família, abrindo inclusive espaço para aqueles que não são atendidos sequer pelo programa”.