Campanha combate a violência sexual e o trabalho infantil neste Carnaval

Uma grande mobilização está sendo realizada neste Carnaval, com o objetivo de sensibilizar a sociedade para enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes e também ao trabalho infantil. A campanha ‘Salve uma Infância’ inclui distribuição de material informativo e intervenções de abordagem a turistas e foliões baianos em locais estratégicos, como os circuitos do Carnaval, aeroporto e terminais rodoviário e marítimo.

A ação está sendo desenvolvida pelo Governo da Bahia, através da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), em parceria com o Comitê de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes e o Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalhador Adolescente da Bahia (Fetipa).

Nas ruas, baianos e turistas têm aprovado e apoiado a iniciativa. Para Igor Lopes, pai da pequena Sophia, a mobilização contra o trabalho e a exploração sexual infantil no Carnaval é muito importante. Ele sugeriu que, após a festa, a campanha seja estendida para os bairros populares das cidades. "O Disque 100 precisa estar gravado na cabeça das pessoas".

Maria de Fátima Lima, que tem dois filhos menores, chamou a atenção para o papel dos pais. "É essencial a fiscalização. Precisamos acompanhar, se queremos proteger. As autoridades estão fazendo sua parte e nós temos também que fazer a nossa", disse.

Estão envolvidos na mobilização 102 monitores e 18 supervisores, que alertam quanto ao caráter criminoso da violência sexual e o trabalho infanto-juvenil, estimulando a denúncia através do Disque 100 e informando sobre os órgãos responsáveis pela proteção e garantia dos direitos de crianças e adolescentes.

Acolhimento 

A Sedes também implantou uma unidade de acolhimento temporário, que está funcionando em regime de plantão 24 horas. Localizada em Ondina, a unidade está atendendo 30 crianças e adolescentes em situação de risco e violação de direitos. Através da busca ativa e abordagem social, equipes especializadas também estão identificando e encaminhando crianças e adolescentes em situação de risco e violação de direitos.