As obras de requalificação do Centro de Abastecimento (Ceasa) do Rio Vermelho, em Salvador, já foram iniciadas e se encontram na fase de demolição da antiga estrutura do mercado. Nesta primeira etapa dos trabalhados será iniciada a construção do estacionamento subterrâneo, que contará com 298 vagas.

O projeto prevê, ainda, a ampliação da capacidade de comercialização de produtos e a expansão da área de lazer, com bares e restaurantes. Após a reforma, o novo espaço terá condição de abrigar 183 boxes (atualmente são 157 unidades). Serão investidos cerca de R$ 24 milhões, com recursos do Governo do Estado, em parceria com o governo federal.

A previsão é que a obra seja concluída em junho do próximo ano. Junto com o centro de abastecimento, um novo supermercado da Cesta do Povo também estará à disposição dos consumidores. De acordo com o presidente da Empresa Baiana de Alimentos (Ebal), Reub Celestino, a reestruturação do local não se limita às estruturas físicas e contempla também a parte de gestão.

Estrutura moderna 

Reub Celestino explica que a estrutura moderna do mercado proporcionará aos seus usuários uma melhor qualidade dos serviços. Segundo ele, no novo centro, a reorganização do espaço físico seguirá as exigências da vigilância sanitária, permitindo ao consumidor melhor acesso aos boxes, e principalmente, maior garantia de qualidade de manutenção dos alimentos.

Ele informa ainda que o local será bem ventilado, terá proteção ao sol e será dividido em quatro segmentos: hortifrutigranjeiro, artesanato, secos e molhados, e restaurantes. Cada boxe terá 50 metros quadrados. Além disso, Celestino diz ainda que está em estudo a colocação de placas solares sobre o telhado, o que possibilitará que a Bahia seja o primeiro estado do país com o ‘mercado verde’.

“O novo centro de abastecimento estará tecnologicamente avançado em relação ao conceito de mercado vigente no Brasil e no mundo. Os arquitetos contratados são bastante experientes neste setor e conhecem bem o caminho de construção destes mercados”, enfatiza.

Segundo o presidente da Ebal, para administrar a nova Ceasa, uma empresa privada, especializada em gestão de mercados e shoppings, será contratada pelo Governo do Estado por meio de licitação. Acrescenta que esse tipo de gestão é utilizado em mercados públicos e feiras de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

Ceasinha

Enquanto durarem as obras de requalificação do mercado, os comerciantes do local seguem trabalhando em um galpão provisório, conhecido como ‘Ceasinha’, construído ao lado do antigo prédio. Lá estão funcionando 157 boxes que comercializam gêneros alimentícios, frutas, hortaliças, artesanatos, frutos do mar, flores, produtos típicos da Bahia e outros tipos de mercadorias.

Mesmo com o espaço provisório em funcionamento, os comerciantes estão ansiosos para se instalarem no novo mercado. “Acredito que será bem melhor, que teremos um lugar mais organizado para comercialização. Por enquanto, vamos nos adaptando ao mercado provisório, que tem nos garantido continuar com a venda de nossos produtos”, afirmou Terezinha Amaral, que há 30 anos é proprietária de um boxe de frutos do mar.

Não só os permissionários demonstram estar satisfeitos. Os usuários do estabelecimento também dizem que estão gostando da situação provisória. “Gostei muito. O espaço provisório está melhor do que o de antes, mais organizado e limpo”, disse o administrador Antonio Carlos Lima, 62 anos, frequentador assíduo, há quase 40 anos, dos restaurantes do centro comercial.