O Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (Iceb), no mês de janeiro deste ano, apresentou redução nas expectativas em todos os setores de atividade. Porém, mesmo com a queda, marcou 95,97 pontos e segue na zona de otimismo moderado. O índice, calculado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan), registrou queda de 66,71 pontos, em relação a dezembro de 2011.

Ao analisar por setor de atividade, todos também se mantiveram na mesma zona. A agropecuária, que permanece na zona de otimismo, apresentou decréscimo de 93,75 pontos. A indústria (estabilizada na zona de pessimismo), 75,20 pontos, e serviço e comércio (em otimismo moderado), 59,33 pontos. O setor da indústria apresentou recorde negativo na série histórica e atingiu -142,47 pontos.

O economista da Coordenação de Estatísticas da SEI, Alex Gama, aponta três fatores conjunturais para a redução – “incertezas quanto ao fim da crise no mercado financeiro internacional, estoque elevado da indústria nacional e desvantagens competitivas”. No setor de serviço e comércio, ele explica que os principais problemas apontados foram o crédito não atrativo para o financiamento do capital de giro das empresas e aumento da inadimplência, enquanto na agropecuária há um receio quanto à redução das exportações nos próximos meses.

O questionário da Pesquisa de Confiança do Empresariado Baiano divide-se em duas partes para chegar ao resultado em cada setor relativo aos próximos 12 meses. A primeira é referente às variáveis econômicas (PIB, câmbio, inflação e juros). A segunda ao desempenho das empresas (vendas, crédito, situação financeira, emprego, capacidade produtiva, abertura de unidades).

Estabilidade

Em relação às expectativas inflacionárias, observa-se que 58% dos entrevistados acreditam que os preços tendam para a estabilidade. No que se refere à taxa de juros, 92% creem na estabilidade ou redução na taxa Selic. As perspectivas para o PIB baiano indicam que 77% apostam no crescimento da economia do estado em até 3%. A pesquisa também aponta que 46% esperam que não haja alteração nas vendas. Observando os resultados para a capacidade produtiva, as expectativas continuam conservadoras, pois 50% dos entrevistados não acreditam em alterações no quadro. Quanto ao nível de emprego, 54% creem na estabilidade.