Convocação da agenda de gestão ambiental entre os estados, no que tange, por exemplo, aos planos de bacias hidrográficas, definições de uso e ordenamento do solo, levantamento dos recursos hídricos e manejo florestal. Esta foi uma das propostas do governo baiano, por meio da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), apresentadas no 3º Encontro do Fórum dos Secretários Estaduais de Meio Ambiente do Bioma Cerrado, nesta terça-feira (6), no Hotel Golden Tulip, no Rio Vermelho, em Salvador, com a presença do secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Francisco Gaetani.

Na ocasião, o secretário do Meio Ambiente da Bahia, Eugênio Spengler, afirmou que é preciso estender a agenda aos demais estados de forma integrada com o governo federal, “e o Ministério do Meio Ambiente deve ser o articulador”.

Também participaram do evento representantes do Amapá, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná e Tocantins.

Segundo o secretário de Meio Ambiente do Mato Grosso, Vicente Falcão, nos encontros do fórum, os estados têm demonstrado ao MMA a necessidade de definir as ações dos órgãos ambientais em cada uma das esferas. “Feito isso, cada estado, considerando suas particularidades e especificações, poderão fazer a verdadeira gestão ambiental”.

Durante o encontro, a diretora de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Karen Suassuna, falou aos gestores estaduais sobre o Plano de Investimentos do Brasil. O objetivo é acessar os recursos do Fundo de Investimento Florestal (FIP), administrado pelos bancos de cooperação multilateral, entre eles, o Mundial (Bird) e o Interamericano de Desenvolvimento (BID).

“O FIP é um programa de investimento florestal ligado a ações internacionais em mudança do clima. Esses recursos são uma parte do que se investiu internacionalmente em mudança do clima nos últimos três anos, após a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2009, realizada em Copenhague, na Dinamarca”, disse a diretora, que também informou que ao Brasil devem ser alocados US$ 70 milhões.

Propostas para a Rio + 20 

Na oportunidade, foram discutidas também as propostas que os estados do bioma Cerrado devem apresentar na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio + 20), que acontece na capital fluminense em junho.

“Existem iniciativas individuais de cada estado e vamos unificar o nosso discurso e as nossas reivindicações em prol do Cerrado. É um bioma que tem recebido pressão, desmatamento e procura por investimentos muito grandes. Precisamos definir uma forma de trabalho unificada de proteção ao Cerrado”, destacou a superintendente de Meio Ambiente e Florestas do Tocantins, Marli dos Santos.