Às vésperas de completar um ano de implantação, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) registrou, em uma semana, um dos melhores índices de indicativo de autoria para homicídios. Dos 31 crimes ocorridos no período entre 19h de quinta-feira (22) e 7h de quarta-feira (28), 46% já têm os prováveis autores. Só no fim de semana, das 19h de sexta-feira (23) às 7h de segunda (26), dos 16 homicídios registrados, onze tiveram indicativos de autoria pelas equipes do Serviço de Investigação de Local de Crime (SILC).

Para a delegada Joelma Jezler, coordenadora do SILC, o rápido encaminhamento dos investigadores ao local do homicídio, acompanhados por peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT), como estabelece a rotina SILC, possibilitou um crescimento do índice de elucidação. A delegada destacou a importância de se ouvir testemunhas e familiares das vítimas nos primeiros momentos após o crime para acelerar a elucidação.

Tendo como base o DHPP, na Pituba, as equipes SILC são designadas para deslocar-se imediatamente ao local do crime, acompanhadas de peritos do DPT, para procederem a investigação, até esgotarem-se todos os recursos necessários à elucidação do delito. A rotina SILC também é estendida, de forma excepcional, à Região Metropolitana de Salvador, nos casos de homicídios múltiplos.

Dos 14 suspeitos identificados, dois foram presos em flagrante – Vital Lopes de Jesus, que assassinou a mulher Gilvaneide Lopes de Jesus, no bairro de Pirajá, no sábado (24), e Adson Santos Nascimento, que baleou duas pessoas e matou Marivaldo de Oliveira Santos, durante uma festa de casamento, no Alto de Ondina, no meso dia. Ambos foram presos logo após os crimes. O assassino de Luís Henrique Evangelista dos Santos, morto em Pituaçu, também já foi identificado e está sendo procurado.

Entre os crimes cujos prováveis autores já têm as prisões temporárias ou preventivas decretadas pela Justiça estão os de Iago Souza Neres, que sobreviveu ao atentado que vitimou uma pessoa, ainda de identidade ignorada, no Pero Vaz; e Edvaldo Brito Alves de Morais, morto, em Nova Brasília, bairro Itapuã. Apesar de estarem identificados, os suspeitos não terão seus nomes divulgados para não atrapalhar as investigações.