Estão abertas as inscrições para o Programa de Certificação do Artesanato Baiano. Lançado em novembro do ano passado pelo Instituto Mauá, o Programa visa diferenciar e legitimar a produção artesanal feita no estado. “É uma forma de valorizar o nosso artesanato, garantindo que é feito a mão e na Bahia, com respeito ao meio ambiente e fidelidade às raízes culturais e simbologias típicas do estado”, afirmou a diretora-geral do Mauá, Emília Almeida.

As inscrições são gratuitas e devem ser feitas na sede do órgão, na Barra, de segunda a sexta, das 8h30 às 12h e das 14h às 17h30. Cada artesão pode se inscrever em apenas uma tipologia (cerâmica, madeira, renda, bordado etc), com até dois produtos. O edital contendo as especificações está disponível no site do Instituto Mauá. O prazo final é 25 de abril.

Selo 

A certificação é feita através do Selo “A Bahia Feita à Mão”; o primeiro do país, em nível governamental, de certificação do produto artesanal. “O Selo é mais uma ferramenta de inclusão social através do artesanato, já que irá agregar mais qualidade às peças, aumentando a sua competitividade no mercado e, consequentemente, gerando mais renda para os artesãos”, destacou Emília Almeida.

A meta do Instituto é certificar 40 produtos artesanais até o fim deste ano. “Nosso compromisso é assegurar um processo de certificação comprometido com a qualidade”, declarou a diretora geral do Mauá. “Na Colômbia, onde programa semelhante foi implantado, apenas 14 produtos foram certificados no primeiro ano”, pontuou.

Fruto de parceria com o Programa do Artesanato Brasileiro – PAB, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior, o Programa de Certificação do Artesanato Baiano também conta com apoio do Ibametro na elaboração dos requisitos de certificação, e do Sebrae/BA na capacitação produtiva e abertura de novos mercados para os artesãos. “Essa atuação transversal com os demais órgãos inclui um trabalho de auditoria para apontar o nível de qualificação dos artesãos baianos e as condições de produção em cada localidade; visitas regulares para acompanhamento e monitoramento; e ações de capacitação e implantação assistida, a fim de assegurar que todo o processo produtivo seja ecologicamente correto, sustentável e com responsabilidade social”, arrematou Emília Almeida.