A inflação em Salvador apresentou, em março de 2012, variação de 0,48%, taxa igual à apurada em fevereiro. O grupo alimentos e bebidas contribuiu para a queda (-0,3%), em especial os produtos da cesta básica (-1,3%). Os setores com alta inflacionária têm um forte componente sazonal, a exemplo do aluguel residencial (6,27%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medidor da inflação, é realizado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan). Dos sete grandes grupos que compõem o IPC/SEI, seis registraram acréscimos na inflação, enquanto apenas um teve decréscimo, que foi o grupo alimentos e bebidas, onde estão incluídos os 12 produtos da cesta básica, passando a equivaler 32,20% do salário mínimo ou R$ 200,27.

O decréscimo foi registrado pela segunda vez consecutiva e, dessa vez, quatro produtos apresentaram queda: tomate (11,76%), arroz (1,57%), açúcar (1,36%) leite pasteurizado (0,41%); três permaneceram estáveis: carne bovina (cruz-machado), óleo de soja e pão francês; e cinco apresentaram aumento de preços: banana-prata (2,04%), manteiga (1,42%), farinha de mandioca (1,20%), café moído (0,65%) e feijão rajado (0,23%).

O grupo com maior incremento foi de habitação e encargos (1,56%), devido aos reajustes em itens como aluguel residencial (6,27%), material elétrico (4,11%) e outros serviços e taxas de habitação (3,90%). Os demais grupos que tiveram acréscimos foram: vestuário (1,32%), saúde e cuidados pessoais (0,76%), artigos de residência (0,27%), transporte e comunicação (0,24%), e despesas pessoais (0,47%), esse último motivado, principalmente, pelo aumento nos preços de serviços de cartório (34,62%) e ingresso para jogos de futebol (7,14%).

Entre os 375 produtos e serviços pesquisados mensalmente pela SEI, 182 registraram alta nos preços, 72 não tiveram alterações e 121 registraram decréscimos. Os que tiveram maiores contribuições na elevação da taxa, conforme as variações e peso nas contas mensais, foram aluguel residencial (6,27%), pacote turístico (5,10%), contribuições financeiras (1,96%), calça comprida feminina (7,89%), móvel para sala (3,97%), calça comprida masculina (5,05%), cruzeiro marítimo (6,58%), passagem aérea (10,81%), automóvel novo (0,48%) e gastos com empregado doméstico (1,29%).

Em contrapartida, os produtos cujos preços exerceram maiores pressões no decréscimo da taxa foram CD musical (25,01%), conjunto feminino (9,94%), passagem de ônibus interestadual (4,50%), acessórios fotográficos (8,61%), microcomputador e impressora (6,21%), tomate (11,76%), frango congelado (2,78%), cerveja fora do domicílio (0,77%), móvel para quarto (2,83%) e feijão mulatinho (3,24%).

No acumulado dos últimos 12 meses (abril de 2011 a março de 2012), a taxa situou-se em 3,90%, resultado inferior ao acumulado dos 12 meses imediatamente anteriores (março de 2011 a fevereiro de 2012), que apresentou uma taxa de 3,95%. Em março de 2011, o IPC havia registrado variação de 0,53%.