Seis mandados de prisão preventiva expedidos contra estelionatários que vinham lesando empresários baianos, cobrando deles por supostos acordos para redução do valor de dívidas junto ao Fisco Estadual, foram cumpridos por uma Força-Tarefa com 50 profissionais das secretarias estaduais da Fazenda (Sefaz), da Segurança Pública (SSP) e do Ministério Público Estadual (MPE), nesta sexta-feira (18), na operação Máscara II.

A partir do trabalho de inteligência, a operação desmontou o esquema liderado de dentro da Penitenciária Lemos Brito (PLB) por Antônio Marcelo dos Santos, com a participação do também presidiário Ivan Pereira da Silva, recolhido na PLB, em associação com o traficante Genilson Lima da Silva, o “Perna”, que cumpre pena no Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná.

Segundo informou a delegada Débora Freitas, titular da Dececap, o mandado de prisão de Genilson foi encaminhado ao diretor do presídio paranaense. A estimativa é de que, desde 2007, a organização criminosa auferiu mais de R$ 2 milhões.

A Sefaz identificou mais de 40 empresas do Estado da Bahia, que caíram no golpe. “Os integrantes da quadrilha se passavam por advogados ou até mesmo por auditores fiscais para negociarem as dívidas dos contribuintes baianos com o Fisco estadual”, explicou o superintendente de Administração Tributária da Sefaz, Cláudio Meirelles. Desde 2011, a fraude vem se desenvolvendo apenas com informações obtidas do Diário Oficial do Estado da Bahia, impresso ou via internet, onde são publicadas as pautas do Conselho de Fazenda Estadual (Consef).

Também integrantes da quadrilha, Adson Souza Silva, André Sales Souza e José Carlos Barbosa, tiveram os mandados de prisão preventiva cumpridos, nesta sexta-feira, pela equipe da Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap), nos bairros de Valéria e São Caetano. Eles seguem custodiados à disposição da Justiça na Unidade Especial Disciplinar (UED).

Antonio Marcelo dos Santos e seus comparsas foram indiciados e denunciados no ano de 2008 em decorrência da Operação Lagarto e, em 2010, por conta da Operação Máscara, pela prática dos crimes de estelionato, tráfico de drogas, tráfico de armas e homicídios, praticados do interior do referido Complexo.