De 2007 a 2012, foram recuperados mais de quatro mil quilômetros de rodovias estaduais, com asfalto de qualidade e sinalização, levando segurança e facilidade para o escoamento da produção de todas as regiões da Bahia.

Somente o Programa de Restauração e Manutenção de Rodovias (Premar) prevê, até 2014, mais 1.200 quilômetros de estradas recuperados em toda a Bahia, perfazendo um investimento de US$ 186 milhões – US$ 100 milhões financiados pelo Banco Mundial (Bird) e US$ 86 milhões do governo estadual.

O vice-governador e secretário de Infraestrutura, Otto Alencar, afirmou que a Bahia tem uma extensão territorial muito grande – são 576 mil quilômetros quadrados. “As estradas são necessárias para o desenvolvimento econômico, para a trafegabilidade das pessoas e também para estimular toda a nossa produção”. Ele disse que todas as sedes municipais terão o acesso asfaltado. “São várias as sedes que nunca viram asfalto para acesso às localidades”.

O governo da Bahia tem feito, segundo Alencar, um esforço muito grande junto ao Ministério dos Transportes e ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) para a construção e recuperação das estradas federais.

“Temos aqui uma malha rodoviária federal muito grande e que precisa de atenção. O governador Jaques Wagner já teve uma reunião com o ministro Paulo Sérgio Passos e com a presidenta Dilma Rousseff e tenho certeza que vamos marchar para uma situação bem melhor do que estávamos há alguns anos”, disse Otto.

Uma das obras mais importantes dos últimos 20 anos é a recuperação da Estrada do Feijão (BA-052), que corta a região de Irecê. A entrega recente do último trecho, de 240 quilômetros, que liga Xique-Xique ao entroncamento do povoado de Porto Feliz, em Piritiba, passando por Irecê e Morro do Chapéu, representa um investimento de R$ 88 milhões e beneficia cerca de um milhão de baianos.

O caminhoneiro Antônio Vieira está na profissão há 23 anos e trafega constantemente pela Estrada do Feijão. “O trabalho da gente é transportar as cargas pelo Brasil. A estrada estando boa, o caminhão não quebra, adianta a viagem, a gente ganha tempo e não tem prejuízo”. Ele explicou que o produtor também consegue um frete menor. “Assim ajuda a gente e o produtor. Melhora para todo mundo”.

Outro investimento significativo na região da Chapada Diamantina foram os R$ 11,2 milhões aplicados na recuperação das BAs 046 e 144, que ligam Bonito a Utinga e a Morro do Chapéu. As estradas atendem principalmente 125 mil moradores de seis cidades da Chapada Diamantina – Morro do Chapéu, Utinga, Bonito, Wagner, Cafarnaum e Ruy Barbosa.

Akira Costa é colaboradora da Cooperativa de Produção e Comercialização da Agricultura Familiar do Estado da Bahia (Coopaf), que tem sede em Morro do Chapéu. Ela destacou que mais de cinco mil pequenos produtores da região foram beneficiados com a recuperação das estradas.

“Os produtores de Utinga, Wagner, Nova Redenção, Itaetê e outras cidades trabalham na cadeia do biodiesel e vão ter mais facilidade para escoar a mamona para a fábrica, em Feira de Santana”, informou Akira.

Restauração de entroncamentos

Em mais dois entroncamentos – BA-052 com a BA-432 e BA-432 com a BR-242 –, que ligam Irecê, Lapão, Canarana, Souto Soares, Iraquara, Seabra e Palmeiras, foram investidos R$ 40 milhões na recuperação de outros 140 quilômetros de pistas.

O caminhoneiro Genilson Batista mora na localidade de Salobro, município de Canarana. “Hoje, a estrada está boa, mas antes era a pior coisa do mundo. Era buraco, era tudo”. Ele contou que a despesa com o caminhão era alta. “Toda semana quebrava. Agora não quebra mais, graças a Deus. E a economia no óleo é muito grande também. Antes era pipocando pneu, tudo. Tá tudo bom agora”.

Genilson ressaltou que gastava cinco horas “catando buraco” para viajar de Seabra a Irecê. “Hoje, gasto duas horas e meia. A estrada agora é boa. Antes, não valia nada, era só buraco. Hoje, graças a Deus, é uma das melhores rodovias da Bahia”.

BA-161

No sudoeste da Bahia, o investimento de quase R$ 28,5 milhões na recuperação de 70 quilômetros da BA-161 está beneficiando 240 mil habitantes dos municípios de Carinhanha, Bom Jesus da Lapa, Serra do Ramalho, Santa Maria da Vitória, São Félix do Coribe, Cocos e Feira da Mata.

O assessor de crédito do Banco do Nordeste, Marivan Martiniano, trafega pela rodovia, de moto, há cerca de oito meses. Em abril deste ano, ele encontrou máquinas operando na recuperação da pista e se alegrou. “Estava horrível. Muito buraco, muita lama, na chuva você não andava. Fiz da Lapa à ‘Agrovila 10’ duas horas, que daria em torno de 40 minutos”.