O Governo do Estado arrecadou R$ 1,4 milhão com o primeiro leilão realizado este ano pela Secretaria da Administração do Estado (Saeb), que atraiu 245 interessados nos 260 lotes de móveis, materiais hospitalares e de informática, sucata de veículos e ferrosa e veículos sem condições de uso. A arrecadação superou a expectativa inicial de R$ 569 mil. O lote mais caro foi o de sucata ferrosa, arrematado por R$ 44 mil, e o mais barato, o composto por diversos bens móveis, vendido a R$ 600.

Além dos veículos e materiais armazenados no Almoxarifado Central, local do leilão, os lotes localizados no 7º Batalhão da Polícia Militar, em Irecê, e no 13º Batalhão da Polícia Militar, em Teixeira de Freitas, também foram concorridos. Parte da receita será destinada à aquisição de novos veículos para o Estado e o restante depositado na Conta Única do Tesouro Estadual.

Reaparelhamento

O redirecionamento da receita para renovação de itens da administração pública atende às diretrizes do programa de qualificação do gasto público – Compromisso Bahia, que combate o desperdício na máquina administrativa, reinvestindo os valores economizados no reaparelhamento da estrutura administrativa.

O pernambucano de Caruaru, Erondi Araújo, queria boa oportunidade para o seu comércio de sucata. “Separei uns quatro lotes do meu interesse”. Ele estimava gastar entre R$ 30 e 40 mil. Mas, nem todos os que procuram o leilão estão interessados em revender. Leonardo Mota é motorista e, pela primeira vez num leilão, tentava adquirir um carro próprio para substituir a moto que hoje lhe serve de transporte. “Os preços valem a pena. Por enquanto estou observando pra escolher um lote”.

Outros aguardavam pelos lotes de materiais e equipamentos. João Luiz Ramos tem uma loja de manutenção de ar condicionado e buscou equipamentos sucateados para aumentar seu estoque. “Quando o cliente deixa o ar pra consertar, eu empresto um recuperado pra ele não ficar sem o equipamento”. Sandra Fernandes, dona de uma revenda de móveis de escritório, vê nas sucatas do leilão um bom negócio. “A depender dos lotes disponíveis, dá pra recuperar os móveis e ter um bom lucro”.

Cabe à Saeb alienar os bens desativados do Estado, conforme artigo 7º do Decreto nº 9.461 de 20 de junho de 2005 – embora unidades da administração indireta possam fazer leilão. Os bens são considerados inservíveis quando o custo de manutenção e conserto é mais caro para o Estado do que investir na compra de um novo bem.