Apesar da tendência de retração do setor agropecuário, o cenário econômico favorável contribuiu para o desempenho positivo do comércio varejista baiano no mês de abril, com 7,9% de expansão no volume de vendas comparado a abril de 2011. Em relação ao mês imediatamente anterior, março de 2012, a expansão foi de 3,5% (com ajuste sazonal).

Os dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada e divulgada em âmbito nacional pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e analisada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan).

“O comércio baiano continua crescendo, o que mostra a vitalidade das atividades comerciais. Evidentemente, se comparado com o mês anterior, cresce menos, mas, na comparação com o ano anterior, alcança 7,9%, o que é uma média muito alta”, analisa o secretário do Planejamento, José Sergio Gabrielli.

Para o diretor-geral da SEI, Geraldo Reis, o resultado do comércio varejista se dá num cenário de aquecimento do conjunto da economia baiana, “o PIB cresceu 4,8% no primeiro trimestre e foram gerados mais de 22 mil empregos formais até abril. Soma-se a isso, a redução da taxa Selic, que saiu de 9,75% para 9,0% (menor taxa desde abril de 2010), com forte incidência sobre os juros bancários.”

Inflação de maio

Durante o mês de maio, a inflação atingiu 0,90% na capital baiana, taxa inferior à apurada em abril (1,13%). No mesmo mês de 2011, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) havia registrado variação de 0,10%. No acumulado dos últimos 12 meses (junho/2011 a maio/2012), a taxa situou-se em 5,35, de acordo com os dados do IPC, calculado pela SEI.

Dos sete grupos que constituem o índice, cinco registraram acréscimos no período: habitação e encargos (2,96%), despesas pessoais (1,76%), saúde e cuidados pessoais (0,74%), artigos de residência (0,38%) e alimentos e bebidas (1,07%,). Os dois grupos que apresentaram resultados negativos foram transporte e comunicação, que registrou redução de 0,19% e vestuário com variação negativa de 0,57%.

Entre os itens pesquisados nas prateleiras, os que mais pesaram para a formação da taxa (considerando preço e impacto no orçamento) foram, na ordem, CD musical (35,18%), feijão mulatinho (21,90%), taxa de água e esgoto (12,84%), feijão rajado (8,94%), cruzeiro marítimo (7,73%), energia elétrica residencial (6,87%), álcool (6,10%), pacote turístico (6,06%), perfume (4,72%) e anti-inflamatório e antirreumático (2,96%).