Uma oficina de análise e diagnóstico dos sistemas de atividades, realizada esta semana no Assentamento Santana, no município de Ibicaraí, na região sul do estado, capacitou e despertou o interesse de agricultores familiares por atividades que representam mais alternativas de melhoria da renda e desenvolvimento regional. O encontro integra uma série de trabalhos que vêm sendo realizados no âmbito da ação Cacau para Sempre – iniciativa lançada em maio deste ano pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) – e contou com a participação de dezenas de famílias de assentados também das comunidades Novo Horizonte, Jacarandá e Vila Isabel, localizadas no município de Ibicaraí.

A reunião possibilitou às comunidades fazerem um levantamento detalhado das soluções e problemas enfrentados nas áreas de produção, infraestrutura, educação, saúde, assistência técnica, geração de emprego e renda, entre outros.

Inclusão socioprodutiva

Os debates, pesquisa do perfil comunitário e a análise das dificuldades existentes no processo de desenvolvimento das atividades têm como objetivo elaborar um plano de desenvolvimento para essas comunidades rurais. A intenção é combater a pobreza rural e promover a inclusão socioprodutiva, dinamizando a agricultura local, focando a participação dos jovens e das mulheres.

A oficina, ministrada pela técnica da CAR, Maria de Lourdes Schefler, é mais um passo em direção à transformação social dessa população. "Este trabalho permite que os participantes compreendam e identifiquem as práticas agrícolas e não agrícolas usadas por cada família e analisem os sistemas de atividades mais rentáveis”.

Para a agricultora e agente de Saúde, Evelin Silva, moradora do Assentamento de Vila Isabel, a oficina é uma oportunidade das comunidades de assentados ampliarem e fortalecerem a participação em busca de melhorias efetivas para os moradores. “Estamos todos juntos, buscando a melhoria e o desenvolvimento de nossas comunidades e essa oficina é fundamental para que possamos planejar as ações”.

Os assuntos discutidos incluíram questões como sustentabilidade, estiagem prolongada, transporte, alimentação para o gado, problemas causados pela vassoura-de-bruxa, desmatamento, poluição ambiental, êxodo rural, inclusão digital, construção de postos de saúde, moradia, estradas e capacitação para jovens, entre outros.