O Centro de Arqueologia e Antropologia de Paulo Afonso (Caapa), vinculado ao Departamento de Educação (DEDC) do Campus VIII da Uneb, vai realizar estudos arqueológicos pioneiros, além de ser responsável pela guarda do acervo histórico, no Complexo de Angiquinho, localizado no município de Delmiro Gouveia, em Alagoas.

Pela primeira vez, a Uneb vai produzir pesquisas arqueológicas e terá guarda de todo o acervo encontrado em um sítio fora da Bahia. A autorização para esses estudos foi concedida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão do Ministério da Cultura (MinC), por meio de portaria divulgada no Diário Oficial da União (DOU) no final de maio.

Fruto de uma parceria entre a universidade e a empresa Habitus Assessoria e Consultoria, as pesquisas terão duração de sete meses e financiamento da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf).

O reitor da UNEB, Lourisvaldo Valentim, mostrou-se entusiasmado com os caminhos assumidos pela pesquisa arqueológica na instituição. “Nossa universidade está investindo maciçamente nessa área, que historicamente é de domínio de outras instituições. Criamos o Caapa em 2006, desenvolvemos pesquisas em Canudos e agora, com essa conquista pioneira, vamos ampliar nosso campo de atuação”, comemorou Valentim.

O Sítio Arqueológico e Histórico de Angiquinho é a principal atração turística do município alagoano e foi sede da primeira usina hidrelétrica do Nordeste, construída, entre 1911 e 1913, em meio a um dos paredões que formam os cânions do São Francisco.

Após desativação, o empreendimento passou a fazer parte de um complexo paisagístico, arqueológico e histórico de cerca de 240 hectares, que foi tombado pelo Estado de Alagoas em 2006.