O secretário do Meio Ambiente da Bahia, Eugenio Spengler, e o representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no Brasil, Juan Carlos De La Hoz, assinaram, nesta quarta-feira (27), em Brasília, o Programa de Desenvolvimento Ambiental do Estado da Bahia, que terá financiamento de US$ 16,7 milhões, sendo US$ 6,7 milhões de contrapartida do Estado, para execução em quatro anos e prazo de 25 anos para pagamento.

O objetivo é acelerar e fortalecer os programas de modernização e de gestão ambiental em execução. O dinheiro será aplicado no fortalecimento da capacidade de planejamento e gestão ambiental da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e na melhora da efetividade da conservação das APAs priorizadas em duas regiões: a Região Metropolitana de Salvador e na Bacia do Leste na busca de soluções para desafios e conflitos ambientais em áreas protegidas.

O representante do BID revelou que o programa baiano é o primeiro financiamento destinado pelo banco a programas de preservação ambiental e desenvolvimento sustentável assinado após a realização da Rio+20. “Essa é uma circunstância super positiva, pois vamos aplicar nossos recursos em dois pontos que marcaram a conferência e que necessitam de gestão ambiental: a preservação dos recursos hídricos e da biodiversidade”, afirmou De La Hoz.

Na área da gestão ambiental e do desenvolvimento sustentável em áreas de proteção ambiental, o programa financiará atividades focalizadas nas APAs de proteção de mananciais Joanes-Ipitanga, Cobre-São Bartolomeu e Lago Pedra do Cavalo e a APA Lagoa Encantada e Rio Almada, na Bacia do Leste. Serão realizados planos de gestão, capacitação dos conselhos de gestão, instalação de casas de meio ambiente e escritórios de APA, além de levantamento das áreas de especial interesse socioambiental na RSM.

Os recursos permitirão ainda a amplicação dos Sistemas de Informações Ambientais para que haja diálogo entre todas as áreas envolvidas reunindo cadastros de água e propriedades rurais o que tornará mais relevante o controle e ao mesmo tempo permitirá ao cidadão acesso às informações ambientais. Spengler quer, ainda, colocar em meio eletrônico todo o processo de cadastramento dos projetos da Sema, eliminando o meio físico, semelhante ao que já existe na Receita Federal.