A Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) concluiu melhorias na Estação de Tratamento de Água (ETA) de Canavieiras, município do sul do estado, que tornaram o processo de tratamento da água mais eficiente, com a instalação de uma centrífuga desaguadora, a construção de um floculador e a modificação no processo de decantação e filtração.

Com essas ações foi possível reutilizar 5% da água produzida por dia – que antes era perdida com os resíduos resultantes do tratamento -, e atender, a um baixo custo operacional, o padrão de qualidade da água estabelecido pela Portaria 2.914/2011 do Ministério da Saúde.

O investimento de R$ 863 mil buscou introduzir na ETA, equipamentos e estruturas que tornam os processos do tratamento racionais e sustentáveis, sem perdas de recursos naturais, como água e energia, e com um bom manejo dos efluentes residuais.

O gerente da Unidade Regional de Itabuna (USI), Cláudio Fontes, afirma que o investimento é mais uma das ações da Embasa para prestar um serviço melhor à comunidade onde atua, com foco em práticas sustentáveis.

Centrífuga desaguadora

O equipamento trabalha para separar o efluente residual gerado após o tratamento da água. Com capacidade de produção de um metro cúbico por hora, a centrífuga separa os resíduos líquidos dos sólidos, que ficam num tanque que pode acumular até 300 metros cúbicos de efluente, sendo 70% água e 30% partículas sólidas.

A água retorna à ETA para ser reutilizada em um novo processo de tratamento, enquanto o sólido (lodo), já seco e desidratado, é descartado em um contêiner para ser enviado aos aterros sanitários ou olarias, onde é possível utilizá-los como matéria prima para a produção de blocos e tijolos.

O coordenador de produção da Superintendência Sul (SO), Neilton Cerqueira, explica ser um sistema que não permite descarte de efluentes na natureza. “A centrífuga propicia o reaproveitamento dos efluentes envolvidos no processo de tratamento da água, minimizando impactos ambientais, reduzindo perdas de água e possibilitando a reciclagem do lodo residual”.