A Bahia vai passar a produzir, no Parque Tecnológico, novas drogas derivadas de toxinas de animais peçonhentos encontrados na região do semiárido. A pesquisa será desenvolvida pela Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), com o apoio do Programa Estadual de Incentivo à Inovação Tecnológica (Inovatec), que destinou R$ 4,6 milhões para a criação da infraestrutura e aquisição de bens e equipamentos.

O convênio para celebrar a parceria será assinado na próxima segunda-feira (18), às 15h, na Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), com a presença do reitor da Uefs, José Carlos Barreto de Santana. A pesquisa pretende desenvolver produtos e processos biotecnológicos derivados do estudo das toxinas animais, abrangendo as áreas de bioquímica e biologia molecular, fisiopatologia, imunologia e ações voltadas para a saúde humana e animal.

“Esse trabalho parte da constatação de que a Bahia é detentora de uma rica fauna de animais peçonhentos com expressivo potencial biotecnológico”, destaca o secretário Paulo Câmera, enfatizando que o Parque Tecnológico da Bahia vai desenvolver diversos estudos na área de biotecnologia. Segundo ele, a Uefs atualmente é a única instituição estadual que desenvolve pesquisa voltada ao potencial biotecnológico dos animais peçonhentos.

Cativeiro

Na universidade essa linha de pesquisa está representada pelo Laboratório de Animais Peçonhentos e Herpetologia, que mantém um número significativo de espécimes de animais peçonhentos em cativeiro, realizando extração de peçonhas, com o desenvolvimento de estudos em toxinologia experimental. No Parque Tecnológico essas pesquisas serão transformadas em medicamentos que poderão ser usados pela população.