Preservação da cultura afro-brasileira e mais renda para mulheres baianas. Estes foram os resultados do projeto Ancestralidade: Costurando e Bordando a Cidadania, que teve solenidade de encerramento realizada segunda-feira (30), em Salvador. A iniciativa foi uma parceria entre a Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres (SPM) e a Associação de Baianas de Acarajé e Mingaus (Abam), viabilizada por meio de convênio firmado no final do ano passado.

Ao todo, 120 mulheres foram beneficiadas com cursos de qualificação profissional, oficinas e palestras nas áreas de culinária, corte, costura e bordado na temática afro-brasileira. Com isso, as beneficiadas, que são moradoras de Periperi e Itapuã, em Salvador, além de Lauro de Freitas, estão preparadas para a produção de acarajés, cocadas, mingaus, vestimentas e adereços das tradicionais baianas, profissionais marcantes do cenário da Bahia.

“Na metade do curso, muitas já estavam comercializando seus produtos e aumentando a renda. Isso é gratificante”, disse a coordenadora-geral da Abam, Rita Santos. Ela declarou o projeto significou uma vitória, por ser a primeira parceria formalizada com o Estado nos 25 anos da organização, que já possui 4,5 mil filiadas.

A representante da SPM, Madalena Noronha, destacou que a ação fortalece a capacidade de luta das mulheres negras, que significam maioria entre as que atuam no ramo. “Assim, o Governo do Estado contribui significativamente com o fortalecimento deste segmento”.