O seminário Juventude e Mundo do Trabalho, realizado nesta quarta-feira (18), no auditório do Ministério Público do Trabalho, reuniu representantes de diversas entidades educacionais, sociais e políticas para debater temas relacionados aos conflitos que envolvem a inserção dos jovens no mercado de trabalho.

Na abertura do seminário, uma parceria entre o Conselho Estadual de Juventude da Bahia (Cejuve) e a Secretaria Estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), por meio da Agenda Bahia do Trabalho Decente, a Bahia foi destacada como referência nacional em relação às políticas públicas voltadas especificamente para a juventude e o mundo do trabalho.

O coordenador de Juventude do Estado da Bahia, Vladimir Costa, que representou o secretário estadual de Relações Institucionais, Cézar Lisboa, ressaltou que, em diversas conferências realizadas com a juventude no ano passado, a temática central do seminário sempre foi presente. “Muitas vezes, os jovens têm aspirações que não condizem com as condições socioeconômicas dos seus territórios de identidade. O avanço nesse debate é essencial para compreender as relações particulares desses jovens, que são agentes nas comunidades onde vivem, com as demandas do mercado de trabalho”.

Também integraram a mesa o procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho da 5º Região da Bahia, Pacífico Rocha, o secretário estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Nilton Vasconcelos, além de representantes da Organização Internacional do Trabalho e da Juventude do CTB, entre outras entidades.

Realidade da Juventude na RMS

De acordo com a economista Ana Georgina Dias, que realizou uma exposição sobre o jovem e o mercado de trabalho, a redução de desemprego nos últimos três anos foi maior entre os jovens de 16 a 24 anos do que no resto da população na Região Metropolitana de Salvador (RMS). "Se essas pessoas precisam trabalhar, isso é um dado que precisamos, sim, comemorar. Porque historicamente, esta faixa etária sempre sofreu muito com o desemprego”, declarou Ana Georgina.

De acordo com ela, os setores que mais absorvem mão de obra da juventude são o de comércio e serviços. Isso se dá pela estrutura do nosso mercado de trabalho e pelo setor permitir maior flexibilidade. Georgina também afirmou ser essencial a diferenciação entre empregos decentes para os jovens e exploração de trabalho infantil ou subempregos.