Estão abertas as inscrições, até o dia 31 de agosto, para o projeto Oficinas de Qualificação nos Circos, que vai promover uma interlocução entre o novo circo e o circo tradicional na Bahia. A chamada pública da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), entidade vinculada à Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA), vai selecionar oito artistas circenses para fazer residência e realizar oficinas em três circos itinerantes, que serão também escolhidos através do cadastro, possibilitando uma troca de experiências essencial para ambas as partes.

O edital da Chamada Pública das Oficinas de Qualificação nos Circos, que apresenta todas as condições de participação, e o formulário de inscrição online estão disponíveis na internet. Com a chamada pública, será montado um grupo formado por um diretor de espetáculo, um produtor, um técnico de segurança circense, dois especialistas em técnicas aéreas, dois de solo e um palhaço.

Cada um deles vai receber o valor bruto de R$ 11.520, referente a cachê e despesas relacionadas ao trabalho. Já os circos, além da oportunidade de qualificação, serão premiados com o valor bruto de R$ 9 mil cada. O projeto soma, portanto, um total de R$ 119.160 de investimento.

As inscrições são feitas exclusivamente pela internet, com o preenchimento do devido formulário acessível na página do projeto. Este cadastro também contribuirá para atualizar informações do próprio Mapeamento e Memória do Circo na Bahia.

Mapeamento

Assim como o conjunto de ações públicas que vêm sendo realizadas para o fomento ao Circo na Bahia nos últimos seis anos, esta iniciativa foi motivada pelos diagnósticos do Mapeamento e Memória do Circo na Bahia, feito através de viagens por todo o estado no contato direto com os circenses, num trabalho de pesquisa iniciado em 2007.

O mapeamento, que já contabilizou 56 companhias, evidenciou uma carência de qualificação técnica dos artistas que circulam pelo interior baiano. Este fator é decisivo para as deficiências dos espetáculos apresentados e a consequente restrição de público, impactando na receita dos circos itinerantes e na qualidade de vida de quem os mantém.

A iniciativa também demonstra que os artistas que atuam nas trupes e companhias estabelecidas nas grandes cidades possuem mais acesso às novas informações, métodos e tecnologias, porém não detêm os saberes referentes à itinerância no estado.

Tendo em vista esta realidade, o projeto Oficinas de Qualificação nos Circos cria a oportunidade de intercâmbio, qualificando os circos itinerante e tradicional, e possibilitando aos artistas do novo circo a vivência da itinerância. Para tanto, os representantes do novo circo selecionados vão ministrar aulas durante 15 dias em três circos itinerantes que circulam na Bahia, também submetidos à seleção.