A inflação apresentou um aumento de 0,21%, no mês de julho, em Salvador, taxa superior à apurada em junho (0,05%). Em julho de 2011, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) havia registrado variação de 0,50%, segundo dados da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia, autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan).

No acumulado dos últimos 12 meses (agosto de 2011 e julho de 2012), a taxa situou-se em 5,19%, resultado inferior ao acumulado nos 12 meses imediatamente anteriores (julho de 2011 a junho e 2012), que foi de 5,49%.

Os produtos/serviços que tiveram maiores contribuições positivas na formação da taxa, com suas respectivas variações de preços, foram automóvel novo (2,22%), passagem aérea (28,00%), tomate (45,42%), pão francês (3,34%), aparelho de som (8,19%), aluguel residencial (1,18%), passagem de ônibus interestadual (3,41%), refeição a peso (1,28%), pacote turístico (1,39%) e lingerie (8,24%).

Em contrapartida, os que exerceram maiores pressões negativas foram gasolina (4,49%), camiseta, blusa e blusão femininos (12,18%), móvel para sala (3,24%), etanol (3,18%), vasodilatador/pressão arterial (5,01%), televisor (4,91%), frango congelado (2,22%), calça comprida feminina (2,13%), vestido feminino (7,22%) e perfume (0,81%).

Dos 375 produtos/serviços pesquisados mensalmente pela SEI, 177 registraram alta nos preços, 92 não tiveram alterações e 106 registraram decréscimos. Levando-se em conta apenas os reajustes individuais, os produtos que tiveram preços com mais aumento em julho do ano corrente foram tomate (45,42%), passagem aérea (28,00%), quiabo (15,20%), cenoura (14,35%), pimentão (11,25%), conjunto esportivo masculino (11,24%), camiseta masculina (10,30%), abóbora (10,00%), lingerie (8,24%) e aparelho de som (8,19%).

Habitação e encargos

Dos sete grandes grupos que compõem o IPC/SEI, quatro registraram acréscimos, enquanto três variaram negativamente. Entre os que tiveram variação positiva está o grupo alimentos e bebidas (+0,81), com destaque para o aumento nos preços de produtos in natura – tomate (45,42%), quiabo (15,20%), cenoura (14,35%) e pimentão (11,25%). Também registraram aumento habitação e encargos (+0,36), transporte e comunicação (+0,22%) e despesas pessoais (+0,17%).

O grupo com maior variação negativa foi vestuário (-1,22), destacando-se a influência dos produtos camiseta, blusa e blusão femininos (12,18%), vestido feminino (7,22%) e bermuda e short feminino (5,92%). Outros grupos que variaram negativamente foram artigos de residência (-0,08%) e saúde e cuidados pessoais (-0,07%).

Cesta Básica

A ração essencial mínima definida pelo decreto-lei 399 de 30 de abril de 1938, que estabelece 12 produtos alimentares (feijão, arroz, farinha de mandioca, pão, carne, leite, açúcar, banana, óleo, manteiga, tomate e café) e suas respectivas quantidades, passou a custar R$ 224,42 em julho de 2012, representando acréscimo de 6,70% quando comparado com o mês de junho do mesmo ano.

Sete produtos registraram variações positivas – tomate (45,42%), pão francês (3,34%), banana da prata (3,33%), leite pasteurizado (2,03%), farinha de mandioca (1,97%), manteiga (0,57%) e óleo de soja (0,29%). Tiveram variações negativas o café moído (0,32%), carne bovina (cruz machado) (0,99%), arroz (-1,01%) e feijão rajado (2,86%). Apenas um permaneceu estável, o açúcar cristal. No mês em análise, o tempo de trabalho necessário para se obter a cesta básica foi de 86 horas e 35 minutos, e o trabalhador comprometeu 36,08% do salário mínimo para adquirir os 12 produtos da cesta.