Aproximadamente 500 pessoas participam regularmente das atividades realizadas pelo Governo do Estado, por meio da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), no Espaço ACM Brasil, na Liberdade, de terça a sexta-feira. São aulas de dança de salão, frequentadas por cerca de 200 pessoas, e ginástica, com 300 praticantes.

As atividades fazem parte das escolinhas esportivas da Sudesb e atendem a um público na faixa etária acima de 36 anos, mas a grade maioria dos alunos têm mais de 60 anos e apresentam significativas melhoras nas condições de vida, devido à iniciativa.

As aulas de ginástica acontecem às terças e quintas-feiras, nos horários de 7h30, 8h30, 9h20, 14h e 15h, e as de ginástica às quartas e sextas, no mesmo local e horário, com um público cativo. “A dança de salão, além de promover uma atividade física de baixo a moderado impacto – porque tem evoluções que exigem um pouco mais de agilidade –, proporciona uma perda calórica, melhora a circulação sanguínea e trabalha a motricidade. Também socializa. Ajuda, inclusive, a quebrar preconceitos, já que existe um contato direto”, diz a professora Rita Gargur.

Desenvoltura

Dona Floripes Maria dos Santos, 71, é uma das alunas e já participa das aulas há cerca de sete anos, tendo grande desenvoltura. “Eu tenho problema de coração, de hipertensão, e procurei a dança para poder fazer alguma atividade. E melhorei muito depois disso. A dança, o ambiente, os colegas, tudo isso me faz muito bem”.

A maioria dos participantes procura as aulas por recomendações médicas, como dona Marinalva Nascimento, aluna das escolinhas desde a época em que funcionavam no estádio da Fonte Nova. “Tenho problemas de artrose, então, procurei fazer algum exercício físico. Por isso, eu participava das aulas de ginástica, mas gosto muito de dançar e passei para a aula de dança”.

Das turmas da dança e ginástica participam majoritariamente as mulheres, mas também há espaço para os homens como Fernando Vieira da Motta, 82, frequentador há cerca de quatro anos. “Minha vida mudou muito, conheci novos amigos, estou fazendo uma atividade física e a dança é tudo de bom para uma pessoa da terceira idade. Eu já dançava desde quando era mais moderno, porém não era esse tipo de dança”.

Os benefícios não são apenas para os praticantes. Os que vão assistir também encontram vantagens. Renaldi de Almeida Cavalcante, 79, é um eterno espectador no espaço. “Eu não danço, mas há 12 anos que eu venho assistir a eles dançando, sempre por causa das amizades que faço aqui. São muitas e muito boas. E isso faz muito bem para a gente”.