Em reunião quinta-feira (9), em Salvador, organizações que atuam na temática de gênero discutiram a qualificação dos registros, por parte das unidades de saúde, do atendimento à mulher vítima de violência na Bahia. O encontro foi promovido pelo Observatório da Violência, da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab), em parceria com a Defensoria Pública. A titular da Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres (SPM), Lúcia Barbosa, e a defensora pública Tereza Cristina participaram do evento.

A intenção é criar estratégias para melhorar procedimentos como notificação, atendimento e acompanhamento à mulher que chega aos serviços de saúde por motivo de violência doméstica e familiar. Nesses casos, de acordo com portaria do Ministério da Saúde, é obrigatória a utilização de formulário do Sistema de Informação de Agravos e Notificação (Sinam), mas apenas 171 municípios baianos realizam o procedimento regularmente.

O Observatório da Violência computou no sistema, desde quando foi criado, em 2009, mais de sete mil casos de violência contra a mulher no estado, trabalho que pode ser melhorado com atualização de dados e adoção de medidas no campo das políticas públicas.

A identificação de agressores e direcionamento aos órgãos de denúncia é uma das recomendações do Sinam. A secretária da SPM informou que nos próximos dias um grupo de trabalho será criado pelo governo, devendo tratar deste e de outros assuntos na área da promoção de gênero.