A quarta videoconferência do Comitê Estadual para Ações de Convivência com a Seca, realizada nesta terça-feira (7), no Instituto Anísio Teixeira (IAT), em Salvador, promoveu uma rodada de perguntas e respostas entre prefeitos, secretários municipais, agentes públicos das cidades em situação de emergência e os representantes do governo estadual.

O transporte e a venda de milho para alimentação animal – operações feitas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) –, a implantação de poços e o fornecimento do crédito emergencial, financiado pelo Banco do Nordeste, foram os pontos mais discutidos na reunião.

Segundo a superintendente da Conab na Bahia, Rose Pondé, mais de dez mil toneladas de milho serão removidas de Goiás para os pontos de distribuição da Conab no estado. “Vamos fazer um esforço grande para atender a demanda, acionando a presidência da Conab, em Brasília”.

Dados da companhia informam que de janeiro a abril deste ano havia 1.500 cadastros de solicitação de venda de milho na modalidade a balcão. Entre os meses de maio e julho, este número saltou para 14 mil cadastros.

Em relação à oferta de crédito emergencial para os agricultores familiares que enfrentam prejuízos por causa da seca, o superintendente do Banco do Nordeste na Bahia, Nilo Filho, informou que existe uma equipe itinerante do banco dando apoio às agências com o maior fluxo em todo o estado. “Temos que dar apoio ao produtor rural e, se necessário, aumentaremos a equipe para que o crédito chegue no valor e no momento oportuno”.

Os questionamentos sobre perfuração de poços foram sanados pelo presidente da Companhia de Engenharia Ambiental da Bahia (Cerb), Bento Ribeiro, que anunciou o início do processo licitatório de 1.240 sistemas simplificados de abastecimento de água, que contam com a instalação de poços, na segunda quinzena deste mês. Ele informou ainda que outros 150 poços estão sendo instalados e que mais de 200 foram concluídos entre os meses de janeiro e agosto deste ano.

A próxima videoconferência será realizada em setembro. O comitê, coordenado pela Casa Civil, se reúne semanalmente para fazer o balanço das ações do governo da Bahia frente à pior seca dos últimos 50 anos e para traçar novas medidas de convivência com a seca.