Foram empossadas nesta segunda-feira (6), em Salvador, as novas integrantes do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher (CDDM). Ao todo, 37 integrantes vão compor o conselho, divididas entre representantes do poder público e da sociedade civil. A entidade vai implementar ações para uma maior inclusão da mulher nas atividades políticas e econômicas, além de propor medidas contra a discriminação de gênero e a violência doméstica.

Segundo a conselheira Julieta Palmeira, é preciso propor medidas efetivas para resolver os problemas. “Para mim, o destaque do conselho tem sido esta luta contra a violência e a discriminação, de um modo geral. Não é a intenção de se substituir homens. Na verdade, são direitos e condições iguais com pessoas que são diferentes. Isso tem relação com a democracia”.

O evento reuniu no Museu Eugênio Teixeira Leal, no Pelourinho, representantes do poder público e de movimentos feministas e de mulheres, como a coordenadora do Grupo de Mulheres da Jaqueira do Carneiro, Ivonildes Evangelista. “Carregamos a responsabilidade de estar representando estas mulheres nas questões relacionadas às políticas públicas, garantindo para elas mais espaço na sociedade e levando para as nossas comunidades, assim como para todo o estado, o resgate destas mulheres, que muitas vezes são vítimas de agressões domésticas”, ressaltou Ivonildes.

Seis anos da Lei Maria da Penha

Durante a cerimônia de posse, foram comemorados os seis anos da lei nº 11.300, de 2006, conhecida como Lei Maria da Penha, criada para proteger as mulheres contra a violência familiar. E para divulgar ainda mais esta ferramenta, o governo da Bahia lançou uma cartilha com orientação sobre a lei, formas de agressão e uma lista de organismos de proteção às mulheres.

“Escolhemos esta data propositalmente porque o conselho é um órgão indispensável para a proposição de políticas públicas para as mulheres e mostra a integração governo-sociedade civil, por meio de seus representantes. No ano passado, a Bahia era o estado que mais acessava o Disque 180, central de atendimento à mulher, e agora estamos no quinto lugar do ranking nacional de mulheres que ligam para pedir informações sobre o que fazer, em caso de violência, e onde elas podem saber mais sobre a Lei Maria da Penha”, explicou a presidente do conselho e secretária estadual de Políticas para as Mulheres, Vera Lúcia Barbosa.