Único estado a participar das duas primeiras edições do Brazil Windpower, a Bahia estará representada, este ano, pela Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (SICM), que vai apresentar os bons frutos da energia eólica no estado e as oportunidades de investimento. Além de incentivar a implantação dos parques eólicos, o governo baiano estimula a criação do polo de fabricação de equipamentos. O terceiro Brazil Windpower acontece desta terça a sexta-feira (29 a 31), no Rio de Janeiro (RJ).

Segundo o secretário James Correia, o aumento de indústrias do setor é resultado do esforço do governador Jaques Wagner em atrair novas empresas e consolidar a cadeia da energia eólica na Bahia.

Em 2011, foram inauguradas a fábrica da Gamesa para produção de hubs eólicos e a unidade da Alstom, responsável pela produção de naceles para todo o mercado da América Latina, no Polo Industrial de Camaçari, ambas com investimento de R$ 50 milhões. A Acciona Windpower é a mais recente das fábricas baianas e a sua unidade de produção de hubs está localizada no município de Simões Filho, com inauguração prevista para 2012.

Ainda em 2012, será inaugurada a Torres Eólicas do Brasil – Torrebras, que vai construir as torres metálicas para os aerogeradores e em 2013, terá início a operação da Aeris Energy, que fabricará as pás para as turbinas eólicas, e são aguardados ainda investimentos da General Eletric, que produzirá elementos para aerogeradores, e da Dacero, que fornecerá as chapas metálicas para a indústria metal-mecânica.

“O estado tem hoje uma carteira de inversões de aproximadamente R$ 6,2 bilhões, representados por 57 projetos de usinas elétricas movidas pela força dos ventos”, afirma Correia. Previstas para se instalar em 11 municípios, até 2015, as usinas irão acrescentar cerca de 1,57 GW à rede elétrica.

O Brazil Windpower é a maior iniciativa mundial do segmento dedicado ao desenvolvimento de negócios e projetos de geração de energia eólica no Brasil e América Latina, promovido anualmente pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), pelo Conselho Mundial de Energia Eólica (GWEC) e o Grupo Canal Energia.

Hoje, a energia eólica é a fonte de geração de energia elétrica que mais cresce no país. Desde 2009, quando o governo brasileiro tomou uma série de medidas de incentivos para introduzir a energia eólica na matriz elétrica brasileira, os leilões de energia já contrataram cerca de 6 GW de potência instalada. Em 2011, 2.000 MW foram contratados em leilões realizados pelo governo. O potencial de negócios gerado durante o Windpower 2011 foi da ordem de U$ 4,5 bilhões.