A Associação dos Produtores Pronafianos da Vila de Itamaracá e Adjacências, formada por 20 agricultores familiares assistidos pela Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), recebeu nesta semana um tanque de resfriamento de leite. O equipamento foi entregue pela Superintendência de Agricultura Familiar (Suaf), da Secretaria Estadual da Agricultura (Seagri).

O técnico agropecuário da EBDA lotado na Gerência Regional de Itabuna, Nelson Moura, que presta assistência técnica e extensão rural a essas famílias, ajudou a organizar a associação e a elaborar o documento, solicitando o tanque de resfriamento à Suaf.

“O tanque garantirá a melhoria na qualidade do leite. Ao resfriar o produto, evita-se a multiplicação de bactérias”, explicou Moura. Ele disse que o equipamento possibilitará o cumprimento da Instrução Normativa 51 do Ministério da Agricultura, que estabelece que o produto seja resfriado em, no máximo, duas horas após a ordenha.

O presidente da associação atendida, Pedro Vencelau, afirmou que os agricultores levavam os latões para a estrada e esperavam a passagem do caminhão do laticínio. “O leite ficava lá no ponto por bem mais de duas horas, até o caminhão chegar. Estamos contentes com a aquisição desse tanque”.

O novo tanque de resfriamento, com capacidade para dois mil litros de leite, foi instalado na Fazenda Iracema. “Agora, os agricultores associados trazem o leite aqui para a fazenda para ser armazenado. Isso facilitará até para o laticínio, que não precisará mais enviar o caminhão todos os dias. Poderá vir de dois em dois dias”, explicou José Domingos Soares, proprietário da fazenda.

A ‘Linha do Leite de Itamaracá’, como é conhecida a área que agrega esses agricultores familiares criadores de gado de leite, já chegou a produzir até dois mil litros diariamente. Com o período de estiagem que assolou a região no início do ano, e o inverno, a produção caiu para 1,2 mil litros de leite/dia. “Com a chegada da primavera e, posteriormente, do verão, haverá aumento da produtividade, em função da melhoria da pastagem”, ressaltou Nelson Moura.

A atividade leiteira é a principal fonte de renda desses agricultores familiares, que comercializam o produto ao preço de R$ 0,83/litro para o programa Fome Zero, do governo federal. O excedente é vendido para um laticínio regional.