As exportações baianas somaram US$ 7,25 bilhões, de janeiro a agosto de 2012, superando em 2,1% o volume de igual período do ano passado, segundo dados da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), vinculada à Secretaria Estadual do Planejamento (Seplan). Ainda de acordo com a SEI, no mês passado, as exportações alcançaram US$ 1,03 bilhão, a segunda maior marca da história para os meses de agosto.

Se comparadas a agosto de 2011, período em que o estado alcançou seu recorde mensal histórico, as exportações baianas tiveram uma redução de 11,6%. O principal entrave continua sendo a desaceleração das principais economias do mundo. As vendas para a União Européia recuaram 28%, para os Estados Unidos, 12% e para o Mercosul, 51%. A boa notícia é que para a Ásia, as vendas cresceram 14,5%.

Os produtos que mais contribuíram para a queda no mês passado foram a soja com redução de 30%, resultado da antecipação dos embarques por conta dos preços favoráveis; automóveis com queda de 91,7%, em função do aquecimento do mercado doméstico que antecedeu a prorrogação da redução do IPI; metalúrgicos com – 77% devido a parada de produção da Caraíba Metais em processo de modernização; além de óleo combustível (-26%) e celulose (-12%) que estão com demanda em baixa pela desaceleração da economia mundial.

Essas quedas foram compensadas em parte com o aumento de 46% na exportação de produtos químicos e petroquímicos, liderando a pauta no mês, de 10% nas vendas de algodão, 224% na de minérios, 47% na de metais preciosos e de 84% na de sisal e derivados. Em agosto, apesar de interromper a série de cinco meses de queda consecutiva em seus preços médios no ano, as exportações baianas registraram redução de 3,1% em seus preços comparados a agosto de 2011.

As importações atingiram US$ 673,4 milhões, também inferiores 7,7% a agosto de 2011. Além da paralisação de fiscais federais ao longo do mês que prejudicou mais os desembaraços aduaneiros, a redução da atividade econômica contribuiu para redução nos desembarques, o que fica mais evidente na queda de 50% das compras de nafta, 80% na de minério de cobre e de 47% na de motores para veículos.

As importações chegam a US$ 5,19 bilhões, 2,8% acima de 2011. Com isso, o saldo comercial do estado foi de US$ 2,06 bilhões, 0,34% superior ao registrado entre janeiro e agosto do ano anterior.