O Índice de Confiança do Empresariado Baiano (ICEB), calculado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), apresentou um pequeno decréscimo de 6,2 pontos, registrando 65,5 pontos em julho. Este resultado classifica a expectativa dos empresários locais como de Otimismo Moderado.

Avaliando o grau de expectativa dos empresários baianos por setor de atividade, observa-se que o setor da agropecuária apresentou uma significativa recuperação, crescendo 197,9 pontos. Este crescimento fez com que o setor retornasse para a zona de Otimismo Moderado com 90,3 pontos registrados em julho.

O setor de serviços e comércio apresentou um indicador de 164,8 pontos, sendo o mais otimista desde abril, contribuindo para manutenção do ICEB na zona de Otimismo Moderado, uma vez que o setor apresenta o maior peso no cômputo geral.

Já o setor da indústria continua seguindo a tendência de declínio, apresentando queda no indicador de confiança pelo terceiro mês consecutivo. Em julho, a indústria apresentou o menor valor da série histórica (-166,7), permanecendo na zona de Pessimismo Moderado.

Variáveis econômica

O questionário da Pesquisa de Confiança do Empresariado Baiano divide-se em duas partes. A primeira é referente às variáveis econômicas (PIB, câmbio, inflação e juros) e a segunda ao desempenho das empresas (vendas, crédito, situação financeira, emprego, capacidade produtiva, abertura de unidades).

No mês de julho, comparando as expectativas por tema e setor de atividade, as variáveis econômicas mantiveram resultados melhores que as variáveis de desempenho das empresas, exceto para o setor da agropecuária. Isto reforça a importância do crescimento de confiança da agropecuária, uma vez que se pode interpretar o resultado das expectativas relacionadas ao desempenho das empresas como um indicativo de comportamento futuro dos empresários.

Observando as expectativas de inflação para os próximos 12 meses, 61% dos entrevistados esperam que os preços tendam para estabilidade; 35% acreditam que os preços estarão se afastando da estabilidade e 4% acham que os preços estarão extremamente instáveis.

Com relação aos juros, 9% apostam na redução da Selic em mais de 4 pontos percentuais para os próximos 12 meses; 13% acreditam em uma redução entre 2 e 4 pontos percentuais; 74% têm a expectativa que haja uma variação entre -2 e 2 pontos percentuais e 4% indicam um aumento entre 2 e 4 pontos percentuais.

Quanto à expectativa do PIB nacional para os próximos 12 meses, 17% dos entrevistados apontam que o país irá crescer entre 3% e 4,9; 78% acreditam no crescimento entre 1% e 2,9%, e 5% acreditam numa redução do produto interno em mais de 1%.

Já em relação ao PIB estadual para o mesmo período, 4% acreditam na possibilidade de crescimento acima de 5%; 22% indicam que haverá crescimento entre 3% e 4,9%; 61% afirmam que o produto crescerá entre 1% e 2,9% e 13% esperam uma variação entre -1% e 0,9%.