Funcionários do Hospital do Subúrbio (HS) e moradores do entorno da unidade deram um abraço simbólico no hospital nesta segunda-feira (17). O gesto, com a participação do secretário estadual Jorge Solla, foi um protesto pacífico contra a invasão de um grupo de pessoas, na última sexta-feira (14), na emergência da unidade.

Solla destacou o reconhecimento que o HS tem obtido, não só da população, mas também de instituições como a Organização Nacional de Acreditação (ONA), que certificou o hospital com acreditação de qualidade e segurança da assistência aos pacientes. Ao se referir ao suposto erro que teria motivado a invasão das dependências da emergência, o secretário explicou que não há qualquer indício de imperícia ou falha médica. “O paciente foi assistido de forma tecnicamente adequada de acordo com os sintomas que apresentava tanto no HS quanto no Hospital Couto Maia”.

Para a diretora técnica do HS, Lícia Cavalcanti, o abraço simbólico representou a atenção, o cuidado e a proteção que os profissionais e a comunidade têm com a unidade.

O motorista Sérgio Araújo, disse que o HS é um exemplo de serviço de saúde que atende bem. “Trabalho aqui na frente do hospital desde a inauguração, levando e trazendo pacientes, e todos pacientes e acompanhantes sempre falam bem do atendimento, ainda não teve um que eu visse reclamar”. A opinião dele é compartilhada pela conselheira do Conselho Municipal de Saúde e moradora da área, Maria José Ferreira da Silva. “Até hoje não precisei vir ao hospital, mas como conselheira acompanho o funcionamento dele e vejo todos falarem bem. Isso aqui é nosso e temos que defender”.

Unidade

Com dois anos de funcionamento, o HS é um hospital geral com 313 leitos, sendo 60 para terapia intensiva, com perfil de urgência e emergência para pacientes adultos e pediátricos. Possui também 60 leitos de internação domiciliar. Trata-se da primeira unidade hospitalar pública do Brasil a funcionar por meio de parceria público-privada (PPP). O Hospital do Subúrbio está localizado em Periperi, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, numa área de atuação que abrange cerca de um milhão de pessoas. A sua instalação pôs fim a um período de 20 anos sem a criação de um novo hospital público de urgência e emergência na região.