Água de qualidade e em quantidade suficiente o ano todo já é realidade em Guanambi, graças ao início da operação da Adutora do Algodão e do Sistema Integrado de Abastecimento de Água (SIAA), uma das principais obras do Programa Água para Todos (PAT). Com a conclusão da primeira etapa, acaba o racionamento na distribuição de água para a cidade.

Nas sedes municipais de Malhada, Candiba, Iuiu, Palmas de Monte Alto, Pindaí, Matina e nas localidades rurais de Mutans (Guanambi), Pilões (Candiba), Julião (Malhada) e Pajeú do Vento (Caetité), a operação do sistema ainda está em fase de teste e vai começar a distribuir água regularmente no final deste mês.

Na primeira etapa da Adutora do Algodão/SIAA Guanambi, cerca de 226 mil pessoas, que convivem com longos períodos de estiagem todos os anos, vão passar a consumir a água boa e farta do rio São Francisco. A água será captada e tratada no município de Malhada e percorrerá 265 quilômetros de tubulação, ao longo dos quais sete sedes municipais e quatro localidades rurais serão atendidas pela Embasa por meio de seis estações de bombeamento e seis reservatórios. A estação de tratamento de água, construída na localidade de Julião, tem capacidade para produzir 450 litros por segundo de água.

“Essa obra estruturante, executada pela Embasa, permitirá a solução definitiva do problema de suprimento de água na microrregião de Guanambi. Isso porque os mananciais que eram utilizados para abastecer a região, vinham apresentando redução de seu volume acumulado. A água chegará para atender as necessidades da população que, anualmente, convive com estiagem prolongada”, explica o presidente da Embasa, Abelardo de Oliveira Filho.

“Com essa obra, a região de Guanambi passa a ter segurança hídrica para suprir o abastecimento humano nas zonas urbana e rural, ao mesmo tempo em que libera a barragem de Ceraíma e Poço do Magro para que possamos retomar, aos poucos, o projeto de irrigação na região”, destaca o presidente da Codevasf, Elmo Vaz.

Segunda etapa em licitação

Com investimento de R$ 135,7 milhões, a primeira etapa da Adutora do Algodão/SIAA Guanambi foi iniciada em abril de 2011 e é resultado de convênio entre o Governo Federal, através da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), e o Estado da Bahia, por meio da Embasa.

A segunda etapa, orçada em R$ 42 milhões, está em processo de licitação e vai beneficiar mais 62,5 mil pessoas na sede de Caetité e de Lagoa Real e nas localidades de Morrinhos, Maniaçu e Ibitira, com possibilidade de extensão de rede para outras localidades da região. “Serão cerca de 90 quilômetros de tubulação, sete estações de bombeamento e três reservatórios na 2ª fase da ampliação. É uma obra complexa, mas que, em 2013, já estará finalizada”, informa Abelardo.

De acordo com o gerente da Embasa na unidade regional de Caetité, Paulo Ledo, com a chegada da água, além do abastecimento humano, a região voltará a respirar crescimento, pois a obra é de vital de importância e garante desenvolvimento regional sustentável. “Sem a obra, a região estava fadada a estagnar com provável êxodo populacional. Agora, com a garantia de uma fonte segura de abastecimento de água, a região está apta a receber novos investimentos, indústrias e desenvolvimento”, ressaltou.