Entre 2006 e 2011, o rendimento médio da população da Bahia aumentou 21% em termos reais, passando de R$ 729 para R$ 881. As informações são da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento do Estado (Seplan), a partir de estudos realizados com os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo está disponibilizado na integra no site da SEI.

Segundo o diretor de pesquisas da SEI, Armando Castro, "a análise dos resultados da PNAD evidencia que as políticas públicas de transferência de renda e combate à pobreza estão se traduzindo em resultados significativos no estado da Bahia". Na zona urbana, o aumento foi de R$ 872 para R$ 1.006, e na zona rural passou de R$ 405 para R$ 407 no período. O rendimento médio das pessoas no meio urbano apresentou um aumento real de 15,5% entre 2006 e 2011. Já o rendimento médio real no meio rural apresentou variação de 20,2%.

O estudo aponta que todas as classes da população tiveram ganhos reais de rendimento entre 2006 e 2011, tanto na zona rural quanto na zona urbana, com a renda dos mais pobres crescendo a taxas mais elevadas. Os 10% mais pobres apresentaram um crescimento real na renda média de 31,1%, ao passo que os 10% mais ricos apresentaram um crescimento de 18,9%, o efeito disso é a redução da desigualdade no estado da Bahia.

Indicador de pobreza extrema caiu de 11,6% para 9,3%

A redução da extrema pobreza no estado também foi observada, entre 2006 e 2011, a partir do critério do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), definido para o plano Brasil sem Miséria, do Governo Federal. O indicador de extrema pobreza passou, no período, de 11,6% para 9,3% da população total, o que equivale a cerca de 200 mil pessoas fora da desta faixa.