O vice-governador e secretário de Infraestrutura, Otto Alencar, visitou o Terminal de São Joaquim nesta terça-feira (2) e falou sobre as ações que o Estado vem realizando para retomar a qualidade do serviço no Sistema Ferry Boat, depois da intervenção. Ele inspecionou a oficina, a caldeiraria e esteve no terminal de embarque, em São Joaquim.

“Já tínhamos uma noção do que acontecia. Agora conseguimos ver de perto tudo que devia ser feito e não foi. É doloroso saber que alguém que tinha um contrato de concessão por 25 anos manteve uma gestão sem nenhum tipo de compromisso com o patrimônio público”, disse Otto.

Entre as falhas de gestão está o abandono de motores na caldeiraria da empresa. As peças que apresentaram defeito poderiam ter sido recuperadas e recolocadas em uso, mas como ficaram um longo período expostas ao tempo já não servem mais. De acordo com técnicos da empresa Lumar, que foi contratada para dar manutenção aos ferries, a economia da recuperação em relação à aquisição de um novo motor pode chegar a US$ 150 mil.

No terminal de embarque também é possível ver uma parte da estrutura do atracadouro em processo de desmoronamento. Os chamados dolphins deveriam ser recuperados pela TWB, mas não foram. “Nossa parte foi recuperar o dolphin de Bom Despacho, o que fizemos. A deles era recuperar este, e veja a situação em que está. Isso pode vir a representar perigo para a operação. Já estamos encaminhando o projeto para reformá-lo”, afirmou o secretário.

Segunda-feira (1º), os ferries ‘Agenor Gordilho’ e ‘Pinheiro’ foram rebocados para a Base Naval de Aratu, onde vão passar por reparos. “Vamos recuperá-los, para que no feriado de novembro a gente esteja com eles reformados e em condições de trafegar com segurança e mais rapidez”, destacou Otto.

Feriado de 12 de outubro só terá três ferries

Segundo a Agerba, devido à necessidade de recuperação das embarcações, apenas três ferries vão funcionar no feriado de 12 de outubro. “A medida é importante, para que no fim do ano todos possam estar à disposição dos passageiros. Os três ferries que vão operar trabalharão com segurança, tranquilidade e confiabilidade nas máquinas, sem aqueles problemas de quebras inesperadas durante a travessia. Já em novembro, teremos barcos saídos da docagem, e isso já melhorará a operação”, explicou o diretor-geral da Agerba, Eduardo Pessoa.

Todos os indícios de irregularidades encontrados pelo Estado na TWB vão formar um relatório que será enviado ao Ministério Público. O levantamento é feito pelo interventor Bruno Cruz, com o apoio da Procuradoria Geral do Estado (PGE), e vai buscar a responsabilização pelos possíveis desvios cometidos.