Uma equipe de técnicos da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) formada por cerca de 100 especialistas em diversas culturas está de plantão até o próximo sábado (2) no Parque de Exposições de Salvador, onde acontece a Feira Nacional da Agropecuária (Fenagro). Os técnicos esclarecem as dúvidas dos visitantes e mostram as novidades do setor agropecuário. Cada cadeia produtiva ocupa um estande montado e ornamentado no parque, de acordo com a cultura abordada, a exemplo do cacau, dendê, mandioca, apicultura, cana-de-açúcar, seringueira, café, dentre outras.

O estande da fruticultura é um dos mais visitados do evento. De forma dinâmica e interativa, os técnicos da EBDA Jorge Silveira, Nilton Caldas e João Paulo atraem a atenção do público com exposição técnica sobre citricultura e caju, com ênfase na clonagem (enxertia).

Mais de 17 variedades de laranja são apresentadas no espaço, mas os frutos da laranjeira ‘cara cara’ roubam a cena. A polpa avermelhada desperta a curiosidade dos visitantes, que fazem questão de adquirir mudas da planta.

O coordenador estadual da Câmara Setorial de Citricultura, Nilton Caldas, explicou que essa variedade, rica em licopeno, é originária da Venezuela e foi introduzida no Brasil pela Embrapa. “É uma laranja de mesa, assim como a laranja-baía, mais conhecida do consumidor. Ela é muito doce, sem sementes e tolerante a doenças”.

O autônomo Juscelino Souza Vieira, que adquiriu recentemente um sítio no município de Jandaíra, a 200 quilômetros de Salvador, ficou encantado com a tonalidade da laranja ‘cara a cara’ e fez questão de levar uma muda para casa. “Como tenho a intenção de, um dia, ser agricultor familiar, fico de olho nas novidades. E onde tem a EBDA, sempre passo por perto, porque sei que é aprendizado garantido”.

Cerca de 400 mudas de laranjais produzidas por viveiristas atendidos pela EBDA estão sendo comercializadas na feira, algumas vindas de Rio Real. Maior produtor de laranja-baía, o município tem 23 mil hectares plantados do fruto. O engenheiro agrônomo da EBDA e mestre em fruticultura Jorge Silveira disse que a citricultura brasileira é a maior do mundo, “e o país é o maior exportador de sucos concentrados”.