Um grupo de religiosas de matriz africana embarcou, nesta quarta-feira (7), com destino à República do Benim, numa iniciativa voltada ao intercâmbio e difusão cultural entre a Bahia e a África. Entre as atividades previstas para a viagem, que vai durar quase vinte dias, estão visitas a casas e templos de culto de ‘vodun’, presença em seminários, além de entrevistas e coletas de imagens para produção de documentário e exposição fotográfica. 

A ida da comitiva à África faz parte do projeto ‘A Ponte: Diálogo entre dois mundos’, com o objetivo de preservar a cultura dos povos tradicionais, sobretudo as características do culto do ‘vodun’ na Bahia. O governo estadual e o Ministério da Cultura estão entre os apoiadores.

A secretária de Políticas para as Mulheres, Lúcia Barbosa, saudou o grupo durante o embarque no Aeroporto Internacional de Salvador. Entre os integrantes da comitiva estão as yalorixás Jaciara Ribeiro (Terreiro Axé Abassá de Ogun), Mameto Zulmira (Terreiro Unzó Tumbeci), Gaiaku Regina (Terreiro Hunkpame Ayonô Huntolojí), e Mãe Índia (Terreiro Zoogodô Bogum Malê).

A programação também inclui homenagem às sacerdotisas do culto afro brasileiro e aos templos de candomblé da Bahia. A comitiva será recebida pelo prefeito da cidade de Porto Novo, capital do Benim, e por diversos ministros de Estado e autoridades da embaixada brasileira. O convite às religiosas foi feito pelo rei Guezo IV, tataraneto de Nã Agotiné, fundadora do primeiro terreiro da nação Jêje no Brasil.