Aproximadamente 400 representantes de movimentos sociais e sindical do estado participaram nesta terça-feira (13) do IV Encontro Estadual Escuta Aberta do Todos pela Alfabetização (Topa), realizado no Hotel Vilamar, em Salvador. Na abertura do evento, o secretário da Educação, Osvaldo Barreto, ressaltou a prioridade do programa, que a cada dia ganha mais parceiros.

Segundo ele, o Topa “deixou de ser um programa do governo e passou a ser de toda a sociedade, se mantendo no seu propósito de inclusão daqueles que não tiveram a oportunidade de se alfabetizarem na idade certa”. Ele ressaltou ainda que é o maior programa de alfabetização de jovens, adultos e idosos do país, considerado referência, tendo alfabetizado mais de um milhão de pessoas em 322 municípios baianos desde 2007 – quando foi iniciado –, dentro da estratégia do Governo do Estado de garantir aos cidadãos o direito de aprender.

“O Topa faz um trabalho de inclusão social com um destino certo – pessoas que tiveram seus direitos negados pelas elites e hoje veem melhorias em suas vidas. Nosso papel é estimular esses cidadãos a irem para a sala de aula, mostrando-lhes o quanto é importante eles exercerem sua cidadania plena”, enfatiza Barreto.

Novos horizontes

Durante todo o dia, os participantes discutiram a estrutura e funcionamento do Topa, avaliando as ações da quinta etapa do programa. Eles receberam também orientações para a adesão da sexta etapa. De acordo com a coordenadora do Topa, Eleni Alves, essa Escuta Aberta “é um momento muito importante de dialogar e construir as ações do programa com os nossos parceiros dos movimentos sociais e sindical”.

O representante dos movimentos sociais, Jadel Galvão, referiu-se ao Topa como um programa de “muita validade” porque cumpre a função de resgatar o cidadão na sociedade. “O Topa nos dá uma razão para acreditar em novos horizontes para as nossas vidas. Como representante de entidade social, meu maior interesse é que as pessoas tenham direitos e oportunidades iguais”.

O presidente da Associação dos Pescadores e Marisqueiros de Nazaré das Farinhas, Pedro Pereira da Silva, comemora com entusiasmo a existência do Topa. “É espetacular, veio trazer luz para os cegos”, disse, se referindo aos que passaram a ler e a escrever, na idade adulta, devido ao programa. Aurelino Nogueira de Carvalho, do Centro Social de Guanambi, também se referiu ao Topa como um benefício importante para a população local. “Tem sido relevante, e atingido suas metas”.

A assessora especial da Secretaria de Combate à Pobreza, Luciana Santos, ressaltou o desafio que o estado da Bahia tem que é o da erradicação da pobreza em 2,4 milhões de pessoas. O professor Raimundo Viana, representante da Faculdade Independente do Nordeste (Fainor), uma das unidades formadoras do Topa, apontou o programa como um “grande investimento” do Governo do Estado.