A equipe da Diretoria de Educação Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e representantes das universidades estaduais de Feira de Santana (Uefs) e do Sudoeste (Uesb) se reuniram nesta sexta-feira (9) para definir aspectos da metodologia que norteará o mapeamento de experiências socioambientais do estado.

A proposta é construir um banco de dados sobre projetos socioambientais voltados para a sustentabilidade, nos Territórios de Identidade da Bahia. De acordo com a diretora de Educação Ambiental (EA) da Sema, Zanna Matos, o mapeamento é um primeiro passo para elaboração do diagnóstico de educação ambiental do Estado, instrumento da Lei nº 12.056/2011. Após a assinatura do convênio entre as instituições estaduais, o prazo para seu desenvolvimento será de um ano e meio. Na Uefs, o trabalho foi iniciado em 23 de agosto deste ano, quando foi assinado o convênio entre universidade e a Sema.

Integrante do laboratório de etnobiologia e ecologia da instituição, Viviane Martins informou que serão contemplados 14 territórios de identidade, a equipe técnica já está contratada e, atualmente, estão sendo selecionados os seis bolsistas que irão desenvolver o mapeamento. “Eu destaco o caráter social ambiental deste mapeamento, uma vez que dará visibilidade às experiências ambientais dessas localidades que, muitas vezes, não são reconhecidas e nem apoiadas”, explicou Viviane.

Visibilidade

A professora da Uesb, Cláudia Coelho, responsável pelo mapeamento, ressaltou que o trabalho vai beneficiar 107 municípios pertencentes aos territórios de identidade do Médio Rio de Contas, Vale do Jequiriça, Conquista, Baixo Sul, Médio Sudoeste e Sertão Produtivo. “A iniciativa possibilitará um diagnóstico de todas as atividades ambientais produzidas nas localidades para que tenhamos condição de conhecê-las e, principalmente, saber como fortalecê-las”.

No caso da Uesb, o trabalho será desenvolvido por 12 bolsistas voluntários, entre estudantes de graduação, biólogos e mestre da área. Para a mestra em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, Rita de Cássia Braga, existem muitas ações ambientais que não são socializadas, e nem tem apoio financeiro. O mapeamento dará visibilidade às atividades voltadas à sustentabilidade. “O trabalho é uma chance de deixar acessível às ações ambientais, além de servir como suporte à elaboração de políticas públicas, nas áreas prioritárias que serão identificadas”.